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Por mandante de atentado, Bolsonaro fez reunião secreta com investigadores

Presidente está convencido de que Adélio Bispo agiu por ordens superiores e quer explorar novas linhas de apuração

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 17 jan 2022, 09h22 - Publicado em 16 jan 2022, 11h39

Insuflado por aliados que compartilham da conspiração de que há um mandante para o atentado à faca que sofreu em setembro de 2018, o presidente Jair Bolsonaro reuniu-se com investigadores no Palácio do Planalto no início de dezembro passado. O objetivo do encontro, nunca revelado na agenda presidencial, era pedir que policiais considerassem novas hipóteses de apuração envolvendo o ex-garçom Adélio Bispo, que esfaqueou Bolsonaro às vésperas do primeiro turno durante uma agenda de campanha em Juiz de Fora (MG).

A Polícia Federal concluiu que Bispo agiu sozinho, mas o presidente nunca se convenceu do veredicto e é constantemente estimulado a exigir nova apuração. Por trás dos pedidos para que o caso volte à tona está a estratégia de bolsonaristas de vincular o autor da facada a partidos políticos de esquerda e usar uma antiga filiação de Adélio ao PSOL como suposto elemento de prova de que Bolsonaro teria sido alvo de uma conspirata de “comunistas”. Desidratado nas pesquisas de intenção de votos, com parciais de 23% a 24% a depender do instituto que realizou o levantamento, o presidente quer usar o episódio da facada no discurso de campanha e atribuir a esquerdistas posições extremadas, como o atentado que sofreu.

No mundo das conspirações bolsonaristas, uma das novas “linhas de investigação” discutidas na reunião de dezembro foi a hipótese de Adélio Bispo ter utilizado um jatinho com um prefixo frio para se deslocar até a cidade mineira e desferir o golpe de faca contra o presidente. Outra conjectura aventada no passado mas agora revisitada por apoiadores presidenciais é a de que o crime teria tido participação do Primeiro Comando da Capital (PCC) – desta vez o braço paraguaio da facção.

O delegado que atuava no caso Adélio, Rodrigo Morais Fernandes, foi transferido no final do ano passado para um posto em Nova York e substituído por Martin Bottaro Purper, que já atuou em casos envolvendo o PCC.

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