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Policiais são suspeitos de comandar tráfico na Cracolândia

Após ação do Denarc que prendeu 4 traficantes, corregedoria diz que investiga envolvimento de policiais na região. Ouvidoria vai apurar se ação teve excessos

Por Da Redação
24 jan 2014, 08h36

A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo investiga se parte do tráfico de drogas da Cracolândia, na região central de São Paulo, seria organizada por dois policiais civis, um deles do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), órgão criado para combater este tipo de crime.

Na operação do Denarc feita nesta quinta-feira, agentes em um carro da corregedoria acompanharam a ação a distância em busca de informações sobre esses policiais. Para a cúpula da polícia, a prisão de traficantes na operação não teria ligação com os policiais corruptos e, por isso, foi apoiada pela diretoria do departamento e pela Secretaria da Segurança Pública, segundo informou o jornal Folha de S.Paulo.

A Polícia Civil afirma que três policiais à paisana foram à região para prender traficantes, em uma ação rotineira. Segundo o Dernarc, os traficantes se rebelaram com a presença dos policiais e iniciaram um confronto atirando pedras – três viaturas foram danificadas, três policiais ficaram feridos e quatro flagrantes por tráfico de drogas foram feitos. Os policiais pediram reforço e responderam com bombas de efeito moral. “Dez carros da Polícia Civil fecharam a via e fizeram uma incursão desastrosa com bala de borracha e bomba”, disse o secretário municipal da Segurança Urbana, Roberto Porto, que estava presente no local.

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A diretora do Denarc, Elaine Biasoli, nega que ação tenha sido desastrada ou que seus policiais tenham utilizado munição de borracha. Admite o uso apenas de bomba de efeito moral. “Teve esse confronto por quê? Porque eles vieram para cima. Temos viaturas danificadas, policiais feridos”, afirmou Elaine.

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Segundo a delegada, as espingardas calibre 12 usadas para disparar balas de borracha que foram vistas no local estavam descarregadas: “Nós estamos sem bala de borracha. Nós fizemos o pedido, mas elas ainda não chegaram. Era só para intimidar”.

A delegada rebateu as críticas feitas pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e negou que operação tenha sido “surpresa”: “Não é operação surpresa. Nós temos ação diária, costumeira, rotineira, na Cracolândia. Desde dezembro, prendemos 65 traficantes só na Cracolândia”.

Ouvidoria – O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Júlio Cesar Fernandes Neves, também abriu um procedimento para investigar a ação de policiais civis do Denarc realizada na tarde de quinta-feira. “Vamos abrir um procedimento para apurar a operação”, disse o ouvidor.

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