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Planalto e PT avaliam que ‘Fora, Temer’ se enfraquece

Temer não comentou denúncia contra Lula. Para assessores do Planalto o entendimento é de que a atuação do MPF minimize manifestações "contra o golpe"

Por Da redação
Atualizado em 15 set 2016, 08h50 - Publicado em 15 set 2016, 08h50
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  • O presidente Michel Temer evitou nesta quarta-feira comentar a denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No governo, no entanto, a avaliação é de que as acusações foram “pesadas” e “graves” e serviram para “colocar o PT nas cordas” em um momento em que o partido está promovendo manifestações contra o peemedebista pelo país.

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    Para assessores do Planalto, os protestos podem diminuir porque o PT perderia força para usar o discurso de “denunciar o golpe”. O entendimento é de que a denúncia terá grande impacto nas eleições municipais para os candidatos petistas.

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    A própria cúpula do PT compartilha dessa avaliação. No primeiro momento, quando a acusação ainda se restringia ao tríplex no Guarujá, o PT adotou em uníssono o discurso da “perseguição” a Lula. Depois, conforme as notícias de Curitiba chegavam, cardeais do partido admitiram que a denúncia trará impacto negativo para as candidaturas da legenda nas eleições e, principalmente, o enfraquecimento do “Fora, Temer”.

    Os sinais de que o PT voltou à defensiva ficarão visíveis a partir desta quinta-feira, na reunião ampliada do diretório nacional do partido com a presença de Lula. O objetivo do encontro era reforçar as mobilizações pelas “Diretas-Já” e contra as reformas trabalhista e da Previdência do governo Temer, além de iniciar as discussões para a reformulação do PT.

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    Depois do oferecimento da denúncia desta quarta-feira, o foco será a defesa de Lula. Por ordem do ex-presidente, seu discurso, marcado para as 13 horas, será aberto à imprensa.

    Segundo um parlamentar petista, a ação da Lava Jato chegou “bem no momento em que o PT saía das cordas e começava a encaixar um discurso olhando para a frente”. Apesar da derrota no processo de impeachment de Dilma Rousseff, o PT avalia que a performance da presidente cassada na sessão de julgamento no Senado e seu último discurso fortaleceram na sociedade a tese do “golpe”. Além disso, a agenda de ajuste fiscal do novo governo e as manifestações de rua colocaram Temer na defensiva.

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    O caldo criado pelo novo cenário deu aos candidatos a prefeito do partido a oportunidade de nacionalizar as campanhas e pegar carona na impopularidade das medidas econômicas. Muitos deles gravaram com Lula propagandas eleitorais. Agora, avaliam os petistas, a pauta nacional volta a ser negativa para o partido com o retorno da corrupção ao centro do debate. Apesar disso, Lula deve manter a agenda de viagens pelo Brasil em apoio aos candidatos do PT.

    O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), disse nesta quarta que a denúncia apresentada pela força-tarefa da Lava Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comprova que o petista comandou o esquema de corrupção na Petrobrás. “Não há organização criminosa sem um comando. Era uma jabuticaba brasileira”, disse o tucano.

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    Já o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), adotou um tom mais moderado. “O partido aguarda a importante e necessária decisão da Justiça sobre as acusações feitas e que, se confirmadas na sua integridade, não deixarão mais qualquer dúvida sobre a complexa estrutura da organização criminosa estabelecida pelo PT.”

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    (Com Estadão Conteúdo)

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