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PF isenta ministros do STF no caso JBS e Cármen Lúcia arquiva investigação

Relatório entregue à presidente do tribunal conclui que não houve participação dos juízes da Corte citados nos áudios em atos ilícitos

Por Da Redação Atualizado em 21 jun 2018, 17h38 - Publicado em 21 jun 2018, 16h30

O inquérito da Polícia Federal (PF) para apurar citação a ministros do Supremo Tribunal Federal na delação de executivos da empresa JBS foi arquivado. A decisão é da ministra Cármen Lúcia, presidente da Corte, que a anunciou na abertura da sessão plenária desta quinta-feira. As investigações haviam sido abertas a pedido da magistrada.

A decisão foi tomada após o diretor-geral da PF, Rogério Galloro, entregar o relatório final das investigações a Cármen Lúcia. De acordo com o documento, “não foram encontradas gravações que indicassem qualquer participação de ministros do Supremo Tribunal Federal envolvidos e ou citados em qualquer ato ilícito”.

Com base no relatório da PF, Cármen Lúcia afirmou que “não houve, não há qualquer dúvida, que tenha sido extraída de qualquer documento sobre a conduta de qualquer um ministro do Supremo Tribunal Federal naquela e em qualquer outra ocasião que tenha chegado a esta presidência”.

Investigação

No início de setembro do ano passado, Cármen Lúcia pediu ao então diretor-geral da PF Leandro Daiello que abrisse uma investigação para apurar citações a ministros do Supremo em áudios entregues pela JBS para embasar as delações premiadas de Joesley Batista e Ricardo Saud, executivos da empresa.

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Nos áudios, que tiveram o sigilo retirado pelo ministro Edson Fachin, Batista e Saud conversam descontraidamente sobre o temor de uma integrante da equipe de advogados da JBS, que estaria preocupada com a possibilidade de a delação dos dois atingir ministros do Supremo.

Logo após a liberação dos áudios, a ministra divulgou nota e, de forma inédita, gravou um vídeo dirigindo-se à sociedade brasileira, no qual afirmou que uma investigação seria necessária para não haver dúvidas sobre a dignidade dos integrantes do Supremo.

(Com Agência Brasil)

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