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Pesquisa mostra que maioria defende o impeachment de Bolsonaro

Rejeição ao presidente aumenta e, pela primeira vez, Instituto Datafolha mostra que 54% dos brasileiros são a favor da abertura do processo

Por Da Redação Atualizado em 10 jul 2021, 14h54 - Publicado em 10 jul 2021, 14h46

A crise sanitária no país com a pandemia, que resultou até agora em mais de 500 000 vidas ceifadas, e as sucessivas denúncias de corrupção envolvendo o governo na CPI da Covid atingiram em cheio a imagem do presidente da república. Pesquisa divulgada pelo Datafolha neste sábado, 10, mostra que pela primeira vez, desde que o instituto começou indagar os brasileiros sobre uma possível abertura do processo de impeachment de Jair Bolsonaro, em abril de 2020, a maior parte dos entrevistados se mostrou a favor. De todos os entrevistados, 54% defendem que a Câmara dos Deputados dê inicio ao procedimento, enquanto 42% se mostraram contrários à iniciativa.

No levantamento anterior, realizado entre 11 e 12 de maio, os entrevistados pró-impeachment de Bolsonaro já tinham ultrapassado os contrários numericamente, mas havia um empate técnico – com 49% a 46%. A pesquisa mais recente foi realizada na última semana, nos dias7 e 8 de julho, de forma presencial e com 2074 pessoas maiores de 16 anos. Entre maio e julho, a situação política do governo só se agravou, sobretudo após as denúncias de superfaturamento na aquisição da vacina indiana Covaxin na Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado. Nesse período, Bolsonaro também virou alvo de inquérito por suposta prática de prevaricação, requisitado pela Procuradoria-Geral da República e determinado pelo Supremo Tribunal Federal.

Em julho, ao completar dois anos e meio de mandato, Bolsonaro tinha um número recorde de 122 pedidos de impeachment. Somada a esta questão, o presidente enfrenta outras graves pendengas crescentes pra a sua candidatura à reeleição. Além da política desastrada de enfrentamento à Covid-19, inclui-se nesta lista a inflação, o desemprego e as suspeitas de corrupção em seu governo, encabeçadas pelas denúncias do deputado Luis Claudio Miranda (DEM-DF) e seu irmão, servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Fernandes.

O responsável por analisar os pedidos de impeachment contra Bolsonaro é sempre o presidente da Câmara dos Deputados. Na atual conjectura, tal função cabe ao deputado Arthur Lira (PP-AL), aliado do presidente. No caso de um pedido ir à frente, ele precisa ser analisado por uma comissão e ir ao plenário da Câmara. Se aprovado, ainda passa pelo Senado, quando o presidente é afastado até a decisão final. Desde 1990, dois presidentes passaram processo – Fernando Collor renunciou antes do término dos trâmites e Dilma Rousseff.

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