Clique e Assine VEJA por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Parecer da AGU obriga Ibama a anular multa contra Bolsonaro

Órgão entende que presidente não teve acesso ao devido processo de defesa na ação, datada de 2012, quando foi autuado por pesca irregular em Angra dos Reis

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 9 jan 2019, 19h10 - Publicado em 9 jan 2019, 18h59
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O Ibama teve de anular a decisão de multar em 10 000 reais o presidente Jair Bolsonaro (PSL) devido a um caso de pesca irregular em Angra dos Reis (RJ), em 2012. A decisão decorre de um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), datado do fim do ano passado, ainda no governo Michel Temer, que entendeu que Bolsonaro não teve acesso ao devido processo de defesa.

    Publicidade

    No dia 4 de janeiro, o superintendente-substituto do Ibama no Rio de Janeiro, Adilson Gil, enviou um ofício diretamente a Bolsonaro para informá-lo de que “a decisão proferida deliberou pela nulidade das decisões administrativas” do caso, ou seja, anulou todos os atos tomados e que levaram à confirmação da multa.

    Publicidade

    No documento, Gil ainda informa o presidente de que, “além disso, a autoridade julgadora deliberou pela baixa imediata da restrição de crédito que ora alcança a parte, em decorrência da sua inscrição no Cadin (Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal)”.

    O novo presidente do Ibama, Eduardo Bim, que é procurador da AGU no órgão, defendeu a decisão de anular a multa. “Eu conheço esse processo. É uma decisão que negou o provimento de recurso (apresentado por Bolsonaro), mas não diz exatamente por quê. Tem que fundamentar, estamos em um Estado de direito. Por isso, acabaram mandando de volta para se julgar”, disse.

    Publicidade

    Segundo Bim, foram anulados os atos tomados até agora, mas não a autuação em si. “Não é anulação da autuação, mas das decisões anteriores. O que foi anulado é o julgamento dos recursos dele em relação à multa”, pontuou. O processo terá, agora, de passar por novo julgamento.

    A ex-presidente do Ibama, Suely Araújo, não havia sido comunicada sobre o caso. Ela pediu exoneração na segunda-feira 7, um dia após o novo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o próprio Jair Bolsonaro questionarem via Twitter um contrato de locação de viaturas assinado por ela em dezembro. Ela já aguardava ser substituída por Eduardo Bim, escolhido por Salles para chefiar o órgão, mas resolveu se antecipar à nomeação oficial.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.