Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Para Paulinho da Força, Alckmin promete alternativa a imposto sindical

Publicação do tucano no Twitter assegurando que não ressuscitaria contribuição causou primeiro atrito com o Centrão

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 21 jul 2018, 23h41 - Publicado em 21 jul 2018, 17h40
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O pré-candidato à Presidência pelo PSDB, o ex-governador Geraldo Alckmin, ligou para o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade), para dizer que a declaração sobre o fim da contribuição sindical postada em suas redes sociais “foi uma trapalhada de assessores”.

    Na sexta-feira, 20, a postagem — que não foi retirada do perfil do candidato no Twitter — causou o primeiro atrito entre o tucano e o Centrão (grupo formado pelo DEM, PP, PR, PRB e o Solidariedade).

    Um dia depois de acertar uma aliança com as legendas, o perfil oficial de Alckmin no Twitter descartou a possibilidade de o acordo eleitoral incluir a revisão de pontos da reforma trabalhista para criar um tipo de contribuição sindical.

    “Ao contrário do que está circulando nas redes, não vamos revogar nenhum dos principais pontos da reforma trabalhista. Não há plano de trazer de volta a contribuição sindical”, anunciou o perfil.

    A declaração incomodou os dirigentes do Solidariedade, ligado às centrais sindicais. “Do jeito que ele (Alckmin) falou, ficou mal. Não vai colocar nada no lugar (do imposto sindical)? Conversamos com o Paulinho para não fechar nada com ele por enquanto. Essa informação prejudica mais ainda”, disse na sexta o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna.

    Continua após a publicidade

    O mal estar só foi desfeito às 23h de sexta-feira, após o ex-governador ligar de Rondônia, onde cumpre agenda política, para Paulinho para desfazer o incômodo. O sindicalista disse que o ex-governador ligou assim que pousou em Porto Velho.

    Ainda no aeroporto, o tucano afirmou ao presidente do Solidariedade que o acordo com o Centrão de achar uma saída em torno de uma contribuição para ajudar a financiar sindicatos após a extinção do imposto sindical estava mantido.

    De acordo com a assessoria de Alckmin, o ex-governador não viu o post do Twitter antes que ele fosse publicado. Para assessores do ex-governador, o texto divulgado tem dois problemas: usa a palavra “contribuição” no lugar de “imposto” e não deixa claro que Alckmin tem preocupação com a sobrevivência financeira dos sindicatos.

    A avaliação é de que o texto publicado dá a entender que o tucano descartou tudo que havia sido acertado nas negociações. Alckmin e Paulinho vão se reunir na tarde do domingo para tratar do assunto. Segundo Paulinho, a aliança com o PSDB deve ser formalizada na quinta-feira (26).

    Continua após a publicidade

    Alckmin é a favor da proposta do Solidariedade de que convenções de trabalhadores possam criar receitas extraordinárias ou contribuições voluntárias aos sindicatos. “É uma contribuição dentro da razoabilidade. Quem sugeriu nem fui eu, foi o ACM Neto (do DEM)”, explicou Paulinho.

    Acerto

    Em conversas reservadas, integrantes do Solidariedade avaliam que Alckmin acabará sendo o candidato do presidente Michel Temer e, portanto, “difícil de carregar” na campanha. Para a legenda, Temer esvaziou a candidatura de Henrique Meirelles (MDB) ao atuar pessoalmente para que o Centrão não apoiasse Ciro, jogando todos no “colo” de Alckmin.

    O acerto do Centrão com Alckmin passou pela garantia de que os partidos aliados terão fatias em um futuro governo e autonomia para manter o comando da Câmara e tentar tirar do MDB o controle do Senado.

    Embora os dirigentes do bloco neguem a cobrança por cargos, as demandas são tratadas como “óbvias” na cúpula do PSDB. Um coordenador da campanha de Alckmin disse, reservadamente, que cada partido quer, no mínimo, manter o espaço atual no governo Temer.

    Continua após a publicidade

    O Centrão pediu que Alckmin intercedesse em acordos regionais e abrisse espaço na coordenação da campanha, criando núcleos integrados pelo bloco, nas áreas jurídica e de marketing.

    O PP é o partido com mais ministérios: Saúde, Cidades e Agricultura, além da Caixa. O PR dá as cartas nos Transportes e na Infraero. À frente da Indústria, o PRB tem uma reclamação de ser sub-representado e almeja ter mais espaço ou um ministério com orçamento maior.

    O PR exigiu que a composição presidencial fosse com o empresário Josué Gomes, da Coteminas, como candidato a vice. O PP pediu apoio ao deputado Espiridião Amin, que deseja voltar ao governo de Santa Catarina e que os tucanos ajudem na montagem de um palanque competitivo em Alagoas.

    O DEM quer que Alckmin apoie o ex-prefeito Eduardo Paes na disputa ao governo do Rio e fique neutro em Goiás. O tucano ainda deve ajudar em Minas, onde o senador Antonio Anastasia (PSDB) tentará voltar ao governo, cargo almejado pelo deputado Rodrigo Pacheco (DEM), aliado de Maia.

    Outro pedido do DEM é a retirada do ex-governador de Goiás Marconi Perillo da coordenação política da campanha. A demanda foi feita pelo senador Ronaldo Caiado, adversário de Perillo no estado.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.