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Oposição pede cassação de Flávio Bolsonaro no Conselho de Ética

'Ele mantém uma relação continuada com as milícias, e não se pode permanecer andando pelo Senado Federal', disse o deputado federal Marcelo Freixo, do PSOL

Por Roberta Paduan Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 fev 2020, 14h21 - Publicado em 19 fev 2020, 12h46
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  • Um grupo de parlamentares do PSOL, PT e Rede entrou com pedido de cassação do senador Flávio Bolsonaro (sem partido)  no Conselho de Ética do Senado na manhã desta quarta-feira, 19. As três legendas acusam o filho Zero Um do presidente da República de quebra de decoro parlamentar. “O senador Flávio Bolsonaro mantém uma relação continuada com as milícias do Rio de Janeiro, e não se pode admitir que uma pessoa com esse tipo de conexão permaneça andando livremente no Senado Federal”, afirmou o deputado federal Marcelo Freixo, do PSOL.

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    O documento, entregue ao senador Jayme de Campos, presidente do Conselho, afirma que Flávio mantém uma “ligação forte e longeva” com as milícias no Rio de Janeiro. “Facilitada por esta relação com as milícias, ou em razão dela, flagrou o Ministério Público, a Polícia e órgãos de controle (como o antigo Coaf), um esquema montado dentro do gabinete do atual senador, quando ex-deputado estadual, com a prática de crimes como lavagem de dinheiro e ilícitos como a contratação de funcionários fantasmas e a ‘rachadinha’ (a apropriação de parte ou da totalidade da remuneração dos funcionários de seu gabinete)”.

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    “É preciso que as pessoas saibam que as milícias são grupos criminosos que transformam o controle do espaço territorial em controle político. São criminosos que impõe sua vontade eleitoral, e o Parlamento precisa investigar e discutir isso”, complementou Freixo.

    Outro trecho da representação detalha as ligações de Flávio com Adriano Nóbrega, morto na Bahia dia 9, e com Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador. De acordo com investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro, Nóbrega era beneficiário do chamado esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro. A conexão foi constatada em uma conversa por aplicativo de mensagens entre Nóbrega e sua ex-esposa, Danielle Mendonça da Costa Nóbrega, que teve o celular apreendido na Operação Intocáveis.

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    “Em conversas por WhatsApp, Nóbrega revela que era beneficiado pelo dinheiro repassado do esquema por ser integrante do
    Escritório do Crime. Afirmou ele na conversa revelada que: ‘contava com o que vinha do seu tmbm [também]’. Outro personagem central na ligação do senador com as milícias é Fabrício Queiroz, também ex-policial. Era amigo do miliciano Adriano Nóbrega. Queiroz, segundo investigações, era uma das ligações do gabinete com as organizações criminosas – o tal “escritório do crime” – e com milicianos.

    Só de pessoas intimamente ligadas à milícia, o operador Queiroz recebeu 17 (dezessete) depósitos da mãe do miliciano, Raimunda Veras Magalhães, na época em que ela era assessora de Flávio Bolsonaro na ALERJ”, relata a representação contra o senador.

    Em 2018, o então Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Banco Central, identificou que Queiroz movimentou 7 milhões de reais entre os anos de 2014 e 2017. O valor é muito superior à renda do ex-assessor e amigo da família Bolsonaro.

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