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O que Aras diz ter nas conversas com bolsonarista alvo de Alexandre

Procurador-geral é amigo de longa data do empresário Meyer Nigri, alvo de uma operação de busca determinada pelo ministro do STF

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 ago 2022, 10h38

Assessores e amigos próximos do procurador-geral da República Augusto Aras ouviram dele o relato de que não haveria nada de comprometedor no conteúdo trocado entre ele e o empresário Meyer Nigri, fundador da Tecnisa e alvo, na terça-feira, 23, de uma operação policial determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O magistrado havia decretado busca e apreensão e a quebra dos sigilos bancários e telemáticos de oito empresários bolsonaristas, entre os quais Nigri, após eles terem trocado mensagens em um grupo privado de WhatsApp sobre a hipótese de golpe de Estado caso o presidente Jair Bolsonaro saia derrotado na eleição.

Com a batida policial, o empresário forneceu a senha de seu aparelho celular, onde estavam as mensagens sob investigação e também conversas com o procurador-geral. O caso ganhou ares de preocupação maior após o site Jota ter revelado que, entre as apreensões decretadas por Alexandre, estão mensagens de Augusto Aras a alguns dos empresários. Amigo de longa data do chefe do Ministério Público, Meyer Nigri procurou o governo horas depois de entregar seus celulares à polícia para informar que existem, sim, diálogos entre os dois, mas que as conversas não teriam referências a rupturas institucionais ou a um golpe militar.

Aras, segundo o relato de interlocutores, confirmou a existência de conversas entre ele e o empresário alvo do STF, mas as classificou como mensagens sociais, comentários neutros e, “no máximo, uma indicação de vinho”. Sobre o conteúdo enviado por Nigri, porém, ele disse não se recordar ao certo porque seu celular tem mecanismos de autodestruição de diálogos e eles não estariam mais disponíveis.

Conforme mostra VEJA na edição que chega neste fim de semana às bancas e plataformas digitais, a ofensiva de Alexandre de Moraes provocou um sentimento de união entre figurões do PIB. Empresários com acesso direto a ministros do Supremo, por exemplo, se articularam para procurá-los com reclamações e um recado em comum: o de que, ao dar guarida a buscas e quebras de sigilo por mensagens isoladas de um pequeno grupo e sem evidências claras de ilícito, o STF estaria à beira de reeditar métodos heterodoxos utilizados na Operação Lava-Jato condenados pela própria Suprema Corte. O principal temor de setores do patronato é que investidas como a de terça-feira contra os empresários possam provocar desconfiança no mercado e afetar diretamente seus negócios.

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