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O PSDB apoia e seguirá apoiando governo Temer, diz Aloysio Nunes

Nos EUA, ministro das Relações Exteriores afirma que presidente, ‘mais do que ninguém', tem condições de angariar apoio no Congresso para aprovar reformas

Por Da Redação
1 jun 2017, 16h55

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, afirmou nesta quinta-feira em Washington que seu partido, o PSDB, está no governo do presidente Michel Temer (PMDB) e tem consciência de seus compromissos, entre eles, o de apoiar as reformas em curso. “[O PSDB], na sua linha dominante, é um partido que está no governo, que apoia o governo e que sustentará o governo”, disse.

Segundo ele, há clima político no Brasil para aprovar as mudanças em andamento e Temer, “mais do que ninguém, tem hoje condições de angariar maioria parlamentar para aprovar as reformas”.

“Todos compreendem que estamos vivendo um momento de turbulência política no Brasil. Isso é inegável. Mas não há turbulência institucional. As instituições funcionam e é isso que conta nas relações externas dos países”, disse o ministro, após reunião com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.

O dirigente da OEA também reiterou que as instituições no Brasil estão funcionando e que os poderes continuam independentes. “Para mim, não me preocupa quando casos de corrupção são julgados. Isso é bom, e é assim que deve ser feito em todos os países. Me preocupa quando os casos de corrupção não são julgados. A Venezuela é o país mais corrupto do continente e é um dos dez países mais corruptos do mundo e não há um só caso julgado de corrupção no sistema político venezuelano”, afirmou Almagro.

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Aloysio Nunes apresentou ao secretário-geral da OEA a possibilidade de que uma missão da organização acompanhe as próximas eleições no Brasil. “Para nós, brasileiros, é uma ocasião a mais de aperfeiçoar aquilo que tem que ser aperfeiçoado e submeter o nosso processo de apuração de votos e de organização das eleições ao escrutínio internacional”, afirmou.

PSDB dividido

Apesar do discurso do ministro em Washington, o PSDB ainda não sabe o que fazer em relação ao governo Temer – há quem defenda o desembarque, há quem pregue a permanência, há quem advoga a entrega de cargos sem deixar de dar apoio no Congresso e há até quem pense em uma saída negociada para a renúncia de Temer.

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Além de Aloysio, o PSDB tem na gestão Temer outros três ministros – Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo), Luislinda Valois (Direitos Humanos) e Bruno Araújo (Cidades).

Os diretórios estaduais do Rio e do Rio Grande do Sul já aprovaram o desembarque do governo. Outro foco de resistência a continuar no governo está em São Paulo. O presidente do diretório paulista, Pedro Tobias, aliado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), convocou uma reunião aberta a todos os filiados para segunda-feira, dia 5, para discutir a questão.

“Não pode mais reunião de cinco ou seis decidir para onde vai o partido”, disse o dirigente ao jornal Valor Econômico. Nos últimos dias, têm ocorrido encontros entre caciques do partido, como o próprio Alckmin, o senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para discutir o cenário político e o apoio a Temer.

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(Com Agência Brasil)

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