O plano B dos bolsonaristas para a disputa da presidência do Senado
Grupo de parlamentares governistas articula a candidatura da ex-ministra Tereza Cristina
O senador eleito Rogério Marinho (PL-RN) foi lançado como candidato à presidência do Senado. Por enquanto, ele é a melhor aposta dos apoiadores do presidente Bolsonaro para fazer frente a Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que vai disputar a reeleição. Uma reportagem de VEJA publicada na edição desta semana mostra que a candidatura de Marinho é o desfecho de uma estratégia eleitoral desenhada pelo ex-capitão.
Ele faz parte do pacote de ex-ministros apoiados pelo presidente ao Senado, entre os quais nada menos que cinco foram bem-sucedidos: além dele, Tereza Cristina (PP-MS), Damares Alves (Republicanos-DF), Marcos Pontes (PL-SP) e Jorge Seif (PL-SC).
Marinho é o principal candidato desse grupo, embora exista um Plano B. Um grupo de parlamentares da base aliada do atual governo discute reservadamente a possibilidade de lançar uma candidatura alternativa caso a do ex-ministro do Desenvolvimento Regional não decole. O nome preferido é o de Tereza Cristina.
Foi com uma estratégia assim que, em 2019, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), um político de pouquíssima visibilidade, derrotou Renan Calheiros (MDB-AL). Na época, os senadores Major Olímpio (PSL-SP), Alvaro Dias (Podemos-SP) e Simone Tebet (MDB-MS) retiraram as candidaturas em favor de Davi, surpreendendo Calheiros.