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O novo conceito de idoneidade do governo Bolsonaro

Ministros não veem nada demais no fato de o novo secretário de Mobilidade já ter se envolvido no passado em fraude

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 jun 2020, 11h33 - Publicado em 2 jun 2020, 08h41
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  • Comissão da Reforma da Trabalhista na Câmara
     (Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados)

    Em sua última edição, VEJA publicou uma reportagem revelando um lado desconhecido da biografia do novo secretário Nacional de Mobilidade. Em 2012, o então advogado Tiago Pontes Queiroz vendeu um terreno que não era seu em Pernambuco. Na época, o comprador do imóvel descobriu o golpe e procurou a polícia. Os donos do lote também prestaram depoimento. O advogado acabou indiciado por estelionato. Para não responder ao processo na Justiça, admitiu o crime e concordou em devolver o dinheiro ao comprador —  uma marca teoricamente desabonadora para quem vai administrar, a partir de agora, um orçamento de 6,3 bilhões de reais. Mas não nessa nova fase do governo Bolsonaro.

    O que antes era considerado um pecado agora é visto de maneira mais leniente.  O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, falou sobre a situação de seu subordinado.  Para ele, não há nada que impeça o advogado de continuar no cargo. “O importante é que ele tenha idoneidade na hora de desenvolver sua função”, disse o ministro. Tiago e um sócio de seu escritório venderam um lote do tamanho de 11 campos de futebol  no valor de 3 milhões de reais . Para realizar a operação, recorreram a um contrato falso. Quando a Polícia Civil de Pernambuco descobriu a fraude, ele foi processado e fez um acordo.

    Nomeado pelo notório centrão, Tiago também é investigado por improbidade administrativa.  No governo Temer, ele ocupou uma diretoria do Ministério da Saúde, de onde saiu, em 2018, sob a acusação de beneficiar três empresas na compra de remédios. Ao comentar o caso, Rogério Marinho ainda fez uma ressalva curiosa: “O Tiago passou pelo crivo da Casa Civil. Não fui eu que olhei os dados dele”, disse o ministro, eximindo-se de responsabilidade pela avaliação biográfica de seu subordinado. Procurada, a Casa Civil não se pronunciou sobre a nomeação.

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