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O motivo da oposição manter estratégia de difundir fake news

Cientista político explica que ala bolsonarista se acostumou à guerra na internet e que grupo consegue unir conservadores quando aborda pauta de costumes

Por Ricardo Chapola e Marcela Mattos
19 nov 2023, 23h15

Episódios que aconteceram nesta semana semana, como a missão que repatriou brasileiros e palestinos da Faixa de Gaza e os encontros de integrantes do Ministério da Justiça com a mulher de um líder do Comando Vermelho revelaram que a oposição ao governo Lula continua utilizando de forma eficiente a estratégia de difundir notícias falsas. Muitos parlamentares, sobretudo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, inundaram as redes sociais com informações distorcidas para atingir a imagem do governo.

O que chama a atenção é que a eficiência desse grupo é muito maior na internet do que no parlamento, onde 3/4 das cadeiras são ocupadas por conservadores que só não dificultam mais a vida do Planalto no Congresso, porque parte deles não fecha as portas para negociar com a gestão petista.

Para Rodrigo Prando, professor de Ciências Políticas do Mackenzie, a explicação desse fenômeno está no fato de que, ao longo da campanha e da gestão Bolsonaro, boa parte dos aliados do ex-presidente ter sido acostumada ao embate apenas nas redes sociais. Por isso, até hoje, os bolsonaristas preferem levar a luta política para o terreno digital porque têm mais expertise nesse ambiente e defendem causas que encontram eco na sociedade. Essa pregação, misturada com informações distorcidas e, muitas vezes, mentirosas, formam opiniões, produzem consensos e engajamentos.

Prando, no entanto, diz que essa tática funciona mais para determinados temas, em especial os que conseguem aglutinar os demais espectros da direita. “Hoje, existe uma oposição com mais dificuldade de fazer o embate político no lugar adequado, que seria o Congresso, porque parte dela está habituada à guerra nas redes sociais. Explorar temas relacionados a valores viraliza mais e mobiliza mais, porque engloba assuntos como ética, moral e religião – aspectos que vão além do bolsonarismo” explica o professor, autor do livro “Fake news na política”, lançado no ano passado.

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