O ex-presidente Jair Bolsonaro sempre teve especial preocupação com a sua segurança. Contemporâneos do ex-capitão na academia militar contam que ele tinha costume de vistoriar o carro quando estacionava em locais públicos, checando se não havia sido instalado nenhum aparato de vigilância ou algum tipo de explosivo.
Na Presidência da República, e após ser alvo de um ataque a faca, ele aumentou os cuidados. Estava sempre acompanhado de uma reforçada equipe de segurança, usava colete a prova de balas, tinha um assessor para testar suas refeições e instalou até um sistema antidrone no Palácio da Alvorada.
Fora da Presidência, seguem os cuidados. Bolsonaro fez questão de morar em um condomínio fechado, chamou militares para atuarem como assessores especiais e também optou por uma sala protegida dentro do PL, o seu partido.
O local escolhido pelo presidente fica no segundo andar do escritório, que tem sempre um segurança à porta, e em um espaço central. De maneira proposital, a sala do ex-presidente não tem janelas. De acordo com interlocutores e parlamentares que se reuniram com Bolsonaro, a medida é uma precaução extra, e foi adotada pelo ex-capitão porque ele que temia eventuais vigilâncias ou ataques externos.