Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

O beija-mão de supremáveis a Flávio Dino

Caberá ao chefe da Justiça fazer lista de candidatos, embora dois nomes apareçam no rol de favoritos à cadeira na Suprema Corte

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 mar 2023, 16h48 - Publicado em 19 mar 2023, 15h02

Faltando pouco mais de um mês para a aposentadoria compulsória do vice-decano do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, candidatos à vaga têm protagonizado uma verdadeira romaria ao gabinete e a agendas públicas do ministro da Justiça, Flávio Dino. Titular da pasta que nos dois mandatos anteriores de Lula era parada obrigatória para quem pretendia ascender à Suprema Corte, Dino não terá o papel de “king maker” de Márcio Thomaz Bastos, por exemplo, ex-chefe da Justiça que levou ao petista escolhas como a do próprio Lewandowski. Ainda assim, supremáveis contam que sua bênção não deve ser desprezada porque em algum momento ele pode ser chamado pelo presidente a opinar sobre o preenchimento do cargo.

Protocolar, Dino tem dito àqueles que pediram seu apoio que seu papel na indicação da vaga será uma mera formalidade e, por isso, encaminhará a Lula o nome de todos aqueles que baterem à sua porta. Pelos cálculos de interlocutores de um dos postulantes, embora o advogado Cristiano Zanin e o diretor jurídico da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Manoel Carlos de Almeida Neto, sejam os mais lembrados, o rol de supremáveis a ser entregue a Lula terá de dez a vinte nomes.

Um périplo de candidatos e de cabos eleitorais também tem se formado no gabinete de Ricardo Lewandowski, no anexo 2 do STF. A preferência do magistrado por um nome específico por óbvio não garante a indicação, mas, como é ele o titular da vaga e seus interlocutores dizem que o magistrado será ouvido a opinar sobre o sucessor, aspirantes a uma das onze cadeiras do Supremo acreditam que, caso o favorito Zanin não seja o escolhido, um aceno do ministro poderia ser auspicioso. “Lewandowski foi leal ao PT, mas lealdade não se transmite para o apadrinhado”, diz, sob reserva, um advogado ligado ao partido, em clara pirraça à postulação de Manoel Carlos, ex-assessor de Lewandowski e ex-secretário-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao cargo.

Em todo caso, o vice-decano apresentou a Lula uma lista do que considerava bons nomes para a Suprema Corte. Além de Manoel Carlos, constavam do rol, entre outros, Cristiano Zanin, o tributarista Heleno Torres e o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luís Felipe Salomão. “Pela maturidade que tem hoje, Lula está exigindo que o candidato tenha capacidade de conversar com outros ministros, porque ele sabe que um voto sozinho não muda nada. E, claro, tem de estar na lista do Lewandowski”, disse a VEJA um dos candidatos – este, até agora, fora da listagem de preferidos do magistrado.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.