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No Ceará, Bolsonaro contraria MPF, causa aglomeração e critica isolamento

Cinco procuradores assinaram documento pedindo que o presidente evitasse reunir pessoas no estado, que adotou toque de recolher contra a Covid-19

Por Da Redação Atualizado em 26 fev 2021, 14h37 - Publicado em 26 fev 2021, 14h36
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  • O presidente Jair Bolsonaro voltou a provocar aglomeração nesta sexta-feira, 26, durante visita ao Ceará — contrariando recomendações do Ministério Público Federal (MPF) para que isso não ocorresse em razão da situação crítica da pandemia no estado — e voltou a criticar os gestores que adotam o isolamento social para evitar a disseminação da Covid-19.

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    Ele participou de um evento para o anúncio de retomada de uma obra viária em Tianguá, juntamente com os ministros Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura), Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Gilson Machado (Turismo), além de deputados federais e estaduais. A agenda ainda incluía atos semelhantes em Fortaleza e Horizonte. O governador do estado, Camilo Santana (PT), que é de oposição, não compareceu e foi alvo de gritos de protesto dos presentes.

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    Antes das visitas, cinco procuradores da República assinaram um documento pedindo a adoação de medidas para evitar que Bolsonaro causasse aglomeraçõesSegundo o MPF, o Ceará vive um momento crítico, com um crescente número de casos e mortes por Covid-19, além da circulação de novas variantes do vírus.

    “Os números da pandemia em todo estado  inspiram atenção redobrada, permanecendo o isolamento social como política pública mais eficiente e indispensável no combate à disseminação do vírus”, defendeu o órgão. O MPF acredita que a medida é necessária porque o risco de aglomeração com a visita presencial é elevado, em especial, em lugares onde acontecerem eventos como inaugurações, assinaturas de termos de compromisso e ordens de serviços de obras e discursos de autoridades pública. 

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    Ao lado de várias pessoas sem máscara, incluindo autoridades do governo e ele próprio, o presidente voltou a atacar as medidas de isolamento social. “O que eu mais ouvi por aqui é: ‘presidente, eu quero trabalhar’. O povo não consegue mais ficar dentro de casa. O povo quer trabalhar. Esses que acham tudo e destroem empregos estão na contramão daquilo que o seu povo quer”, afirmou.

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    Na quarta-feira, 17, o governador Camilo Santana decretou toque de recolher em todo o estado, das 22h às 5h, para conter o vírus, além da restrição ao horário de funcionamento de bares, restaurante e outras atividades não-essenciais e a proibição de festas ou eventos comemorativos em ambientes abertos ou fechados, públicos ou privados, seja qual for a justificativa ou a iniciativa.

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    Somente em fevereiro, Bolsonaro já visitou Florianópolis (SC), Cascavel (SC), Alcântara (MA), Sertânia (PE), Campinas (SP), Foz do Iguaçu (PR) e Rio Branco (AC). Em todas as oportunidades, ele gerou aglomerações, discursou, conversou e apertou a mão de apoiadores e não usou máscaras durante a maior parte do tempo.

     

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