Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

‘Não se pode tudo porque foi eleito pelo voto popular’, diz relator do impeachment

Deputado Jovair Arantes (PTB-GO) usou o argumento do crime de responsabilidade fiscal para sustentar que o afastamento da presidente Dilma Rousseff não é golpe

Por Da Redação 17 abr 2016, 15h21
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Primeiro pronunciamento durante a conturbada votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o relator do processo, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), apontou para as maquiagens financeiras praticadas pela petista, que, segundo ele, “massacraram a economia”, para sustentar o embasamento jurídico da ação por crime de responsabilidade. Jovair rebateu a tese de que o afastamento da presidente seria um golpe e disparou: “Não se pode tudo apenas porque foi eleito pelo voto popular”.

    “Cinquenta e quatro milhões de votos não autorizam o descumprimento da Constituição Federal. Cinquenta e quatro milhões de votos não autorizam a prática de atos que atentam contra as finanças públicas. Cinquenta e quatro milhões de votos não permitem que o presidente da República massacre a situação econômica do país, projeto de um poder pelo poder. Cinquenta e quatro milhões de votos não servem como justificativa para a prática de atos nocivos para a economia do país”, afirmou.

    Leia mais:

    Mesmo antes de votação, Câmara já tem confusão

    Na reta final, PT aposta na volta de Lula a Brasília para reverter votos

    Continua após a publicidade

    A presidente Dilma Rousseff está sendo julgada pela Câmara pela prática das chamadas pedaladas fiscais e pela edição de decretos sem a autorização do Congresso Nacional. O relator do impeachment relacionou as manobras contábeis feitas no governo da petista aos péssimos índices econômicos, como o desemprego recorde e a inflação às alturas. “Não vejo diferença entre aqueles que se apropriam do dinheiro público praticando atos de corrupção daquele que mascara a real situação financeira do país e realiza operações contábeis ilegais gerando consequências gravíssimas para a situação econômica”, afirmou.

    Arantes também rebateu a tese, feita reiteradas vezes pela defesa de Dilma, de que ela não agiu de má-fé ou não poderia ser responsabilizada por atos realizados por seus auxiliares. “Não é razoável que uma decisão dessas, que previa a disponibilidade artificial de mais de 60 bilhões de reais, tenha sido tomada sem o aval superior do comado do governo. A má-fé está pela participação ou omissão dessa ardilosa operação de crédito ilegal”, disse.

    Depois de chamar os deputados de “libertadores” em discursos anteriores, o relator conclamou neste domingo os congressistas a demonstrarem que a Câmara não se institui “como um mero puxadinho do poder Executivo” e atacou as últimas negociatas feitas pelo governo para barrar a ação. “Não podemos nos omitir. Não podemos levar em consideração apenas favores pessoais não-republicanos. Isso seria uma vergonha pra esta Casa. Devemos pensar o melhor para o país. O país não é nosso, é deles”, afirmou.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.