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‘Não podemos ter sete ou oito candidatos de centro’, diz Temer na TV

Em programa do SBT, presidente admitiu desistir para apoiar um nome de outro partido e criticou a possibilidade de uma terceira denúncia 'pífia' contra ele

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 17h28 - Publicado em 7 Maio 2018, 08h06
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  • O presidente Michel Temer afirmou que pode desistir da sua pré-candidatura à reeleição pelo MDB caso ocorra “uma conjugação política” em torno da unificação das candidaturas consideradas como de centro. “Se for necessário, abro mão com a maior tranquilidade”, disse.

    Para Temer, ”se nós quisermos ter o centro, não podemos ter sete ou oito candidatos”. A fala foi feita durante uma entrevista ao programa Poder em Foco, do SBT, exibida na madrugada desta segunda-feira, com apresentação da jornalista Débora Bergamasco e uma bancada de entrevistadores composta por Bruno Boghossian, do jornal Folha de S.Paulo, Fernando Rodrigues, do site Poder360, e Carlos Nascimento, âncora do SBT Brasil.

    Questionado por um dos jornalistas presentes sobre quais seriam esses candidatos, o presidente citou o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), os ex-ministros Henrique Meirelles (MDB) e Guilherme Afif (PSD), o empresário Flávio Rocha (PRB) e o ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro (PSC). O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), aliado com quem Temer teve relação turbulenta nos últimos meses, só foi incluído na relação após nova intervenção da bancada.

    O emedebista também comentou a possibilidade de Joaquim Barbosa (PSB), ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, engrossar a lista de candidatos. Apesar de reconhecê-lo como um “sujeito sensato”, criticou a possibilidade de que ele seja eleito por “ser negro e ter sido pobre”. “Não é esta razão que vai fazer com que fulano seja ou não seja presidente”, argumentou.

    Boa parte da entrevista foi dedicada a um comentário do presidente a respeito do depoimento que sua filha, Maristela Temer, prestou à Polícia Federal no âmbito de um inquérito que investiga se Temer e seus familiares se beneficiaram de vantagens indevidas. Ele chegou a lamentar que “estejamos conversando sobre isso ao invés de conversarmos sobre o Brasil”.

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    “Foi uma reforma regularmente paga e regularmente esclarecida”, defendeu, a respeito de uma obra na casa de Maristela utilizada como um dos possíveis exemplos de destino de recursos ilícitos, que, de acordo com o inquérito, podem ter se originado de empresas do setor de portos.

    Alvo de duas denúncias criminais em 2017, o emedebista disse não ter medo de que seja apresentada uma terceira acusação formal contra ele, que seria “tão pífia quanto as anteriores”. Para o presidente, a decisão da PF de pedir a prorrogação do inquérito por mais sessenta dias indica que não existem elementos concretos para imputá-lo. “Os investigadores não têm dados suficientes, após 150 dias, para dizer que o presidente está incriminado.”

    Preços

    Michel Temer afirmou que trabalha para, nas próximas semanas, reduzir os custos com energia e combustíveis. Ele disse que é uma missão delegada a um de seus principais aliados, Moreira Franco (MDB), que trocou a Secretaria-Geral da Presidência pelo Ministério de Minas e Energia.

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    De acordo com relatório do ministério submetido a um processo de consulta pública, uma das propostas do governo para reduzir subsídios cujos custos são repassados às contas de luz é cortar descontos dados a clientes de baixa renda e reduzir gradualmente, até a extinção, de benefícios a empresas de água e saneamento e a consumidores rurais.

    Sobre o crescimento do PIB, Temer admitiu uma redução da expectativa, de 3 para 2,75 pontos percentuais. O movimento já havia sido captado por uma edição recente da pesquisa Focus, do Banco Central.

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