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Na Câmara, Weintraub reafirma que há plantação de maconha em universidades

Em audiência tensa, ministro da Educação defendeu a entrada de Polícia Militar nos campi para combater consumo de drogas entre estudantes

Por Da Redação
Atualizado em 11 dez 2019, 14h58 - Publicado em 11 dez 2019, 13h53

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a afirmar nesta quarta-feira, 11, que existem plantações de maconha e laboratórios de drogas sintéticas em universidades federais durante audiência da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. O ministro foi convocado por parlamentares da oposição para se explicar sobre a mesma declaração, dada em entrevista no fim de novembro.

“As plantações [de maconha em universidades federais] são reflexo de um consumo exagerado, fora de controle de drogas nas universidades”, disse o ministro antes de exibir na comissão reportagem da TV Record que mostra pés de maconha plantados em terreno pertencente à UnB (Universidade de Brasília). O caso, divulgado em abril de 2017, terminou com a prisão de três estudantes.

De acordo com nota da UnB divulgada no fim de novembro, quando o ministro tuitou sobre o caso, os pés de maconha não estavam em terreno da universidade. “Trata-se de área de Cerrado próxima ao campus Darcy Ribeiro”, afirmou a instituição.

Após a exibição, o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) deixou a audiência porque afirmou não se tratar de um debate sobre educação, embora esse fosse o tema da convocação. Houve vários momentos de tensão entre deputados e o ministro, como quando a deputada federal Rosa Neide (PT-MS) disse que, se fosse usar o parâmetro de Weintraub de citar exemplos isolados como se fosse a regra, poderia afirmar que o governo federal seria um local de tráfico de drogas, já que 39 kg de cocaína foram apreendidos em avião da comitiva presidencial em junho deste ano.

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Weintraub também mostrou outra reportagem sobre operação policial deflagrada em maio deste ano que encontrou um laboratório de drogas sintéticas dentro do diretório acadêmico da Faculdade de Filosofia na Universidade Federal de Minas Gerais, entre outros registros de prisões ligadas a tráfico e consumo de drogas dentro de campi federais. “Eu sou a favor de autonomia de ensino nas universidades. Pode falar de Karl Marx, não tem problema. Agora, a PM tem que entrar nos campi”, disse o ministro.

As declarações de Weintraub de que as universidades têm “extensas plantações de maconha” provocou reação da Andifes, a associação de reitores federais, que foram à Justiça processar o ministro da Educação.

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