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MP denuncia 5 por cocaína no helicóptero dos Perrella

Aeronave da família do senador Zezé Perrella foi apreendida com 445 quilos de cocaína numa fazenda isolada do interior capixaba

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 jan 2014, 17h30

O Ministério Público Federal (MPF) do Espírito Santo denunciou cinco pessoas à Justiça pelo tráfico de 445 quilos de cocaína, apreendidos em um helicóptero da família do senador Zezé Perrella (PDT-MG). Entre os acusados está o piloto e o copiloto da aeronave, duas pessoas que descarregaram a droga e o dono da fazenda onde o helicóptero pousou em novembro.

A aeronave pertencia à empresa Limeira Agropecuária e Participações LTDA, registrada no nome de dois filhos do senador, o deputado estadual Gustavo Perrella (Solidariedade) e Carolina Perrella. O piloto Rogério Almeida Antunes era amigo de Gustavo e havia sido nomeado por ele a um cargo na Assembleia Legislativa mineira. Após a descoberta do caso, Antunes foi demitido.

O MPF também determinou o desmembramento do inquérito com o envio das peças para o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) por causa do foro privilegiado de Gustavo Perrella. Autor da denúncia, o procurador Fernando Amorim Lavieiri afirmou, no entanto, que o envio da remessa “não implica uma opinião negativa sobre a participação do parlamentar nos fatos”. A Polícia Federal concluiu que Gustavo não teve participação no crime.

A Justiça confirmou o recebimento da denúncia, mas rejeitou a solicitação de desmembramento, autorizando o Ministério Público Federal a encaminhar o inquérito à Procuradoria-Geral da República por causa do senador Zezé Perrella.

Em nota, o MPF informou não “restar dúvidas” de que os denunciados sabiam que estavam transportando drogas. Em depoimento à Polícia Federal, o piloto e o copiloto da aeronave disseram que desconheciam o conteúdo da carga transportada. O MPF afirmou que os acusados devem responder por tráfico de drogas, podendo ter um acréscimo na pena por tráfico internacional – a droga saiu do Paraguai, segundo a PF. A pena pode chegar a quinze anos de prisão.

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Segundo a investigação, Antunes aceitou fazer o transporte por 50.000 reais, a convite do copiloto, Alexandre José de Oliveira Júnior. O helicóptero partiu do Paraguai para uma cidade próxima a Avaré, no interior de São Paulo, fez escala em Divinópolis (MG) para abastecer e seguiu para Afonso Cláudio, no interior do Espírito Santo. Ao pousar numa fazenda isolada, Robson Ferreira e Everaldo Lopes de Souza descarregaram a carga. Agentes da Polícia Militar capixaba e da PF estavam de tocaia no local e prenderam os quatro em flagrante. O outro denunciado, Elio Rodrigues, seria o dono do terreno onde o helicóptero pousou. Segundo a PF, ele havia comprado a fazenda alguns meses antes acima do preço de mercado.

Repercussão – Parte do combustível usado para abastecer o helicóptero foi pago pela Assembleia Legislativa mineira com a verba indenizatória destinada a custear os gastos dos deputados. Após a repercussão do caso, a Assembleia proibiu o reembolso de combustível para aeronaves de parlamentares.

A família Perrella está envolvida em outra investigação do Ministério Público de Minas Gerais por improbidade administrativa. A empresa criada pelo senador pedetista teria firmado contratos sem licitação com uma empresa do governo mineiro. A assessoria da família Perrella nega irregularidades nos negócios.

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