O presidente do Senado, José Sarney, divulgou nota nesta terça-feira cobrando a investigação da morte do jornalista maranhense Décio Sá, assassinado em São Luís, no Maranhão, na noite desta segunda-feira. “Esse crime hediondo, brutal e cruel tem que ser desvendado para punir os culpados e despertar, cada vez mais, a consciência para a proteção e o respeito à liberdade de imprensa”, afirmou Sarney. “Seu assassinato, além de uma atrocidade, é um atentado à democracia”.
Sarney disse que recebeu a notícia com “grande indignação e profundo pesar”. Décio Sá foi executado com cinco tiros por volta das 23h30 desta segunda-feira. O jornalista trabalhava na editoria de política do jornal O Estado do Maranhão e matinha há 5 anos o blog mais acessado do estado sobre o tema. Nos posts, fazia críticas e denúncias contra políticos e autoridades.
“Décio já havia marcado seu nome como um dos grandes jornalistas maranhenses, e na história do jornalismo brasileiro ficará como um dos pioneiros a utilizar os modernos meios de comunicação, desenvolvendo um trabalho de qualidade e grande alcance”, escreveu Sarney, que também cobrou dos jornalistas engajamento para que “essa covardia não fique impune, que a polícia identifique os assassinos e que a justiça seja feita de forma exemplarmente rigorosa”.
Mais cedo, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, filha do presidente do Senado, divulgou comunicado classificando o assassinato do jornalista como “bárbaro” e “cruel” e garantiu que está tomando as providências para a prisão dos criminosos. Décio Sá tinha 42 anos, deixa uma filha de 8 e a mulher grávida de dois meses. O corpo do jornalista está sendo velado na Pax União, no centro de São Luís.
José Sarney recebeu alta do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, na manhã desta terça-feira. De acordo com informações da assessoria de imprensa da presidência do Senado, Sarney passa bem, mas deverá permanecer na capital paulista por mais uma semana. O senador completa hoje 82 anos.