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Moraes passa por ‘sabatina informal’ em barco de senador

Senadores perguntaram sobre acusações de envolvimento com o PCC e posições em relação à Lava Jato, à legalização de drogas e à prisão em 2ª instância

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h55 - Publicado em 10 fev 2017, 09h33
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  • Um grupo de oito senadores fez uma “sabatina informal” com o ministro licenciado da Justiça Alexandre de Moraes, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), no barco do senador Wilder Morais (PP-GO), em Brasília, na terça-feira. Segundo parlamentares que participaram do encontro, eles questionaram Moraes sobre acusações de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e sobre as posições do ministro em relação à Operação Lava Jato, à legalização de drogas e à prisão em segunda instância.

    O encontro aconteceu na chalana Champagne, casa flutuante de Wilder. Moraes chegou uma hora atrasado, acompanhado de Sandro Mabel, assessor especial do presidente Michel Temer. Também participaram do jantar os senadores Benedito de Lira (PP-AL), Cidinho Santos (PR-MT), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Ivo Cassol (PP-RO), José Medeiros (PSD-MT), Sérgio Petecão (PSD-AC) e Zezé Perrella (PMDB-MG).

    Desses, dois são membros titulares da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado – responsável por sabatinar indicados ao Supremo –, Wilder e Lira, e dois são suplentes, Petecão e Cassol. Moraes não quis responder sobre temas relacionados à Lava Jato. “O clima foi tenso. Todos fizeram muitas perguntas, mais duras do que as que serão feitas na sabatina da CCJ”, disse um dos senadores presentes.

    Apesar de não ter falado abertamente, o ministro licenciado teria demonstrado ser a favor do entendimento do STF sobre a prisão em segunda instância, que permite que réus possam ser presos mesmo que ainda tenham recursos pendentes na Justiça – ele já defendeu a tese em um livro. Moraes também sinalizou ser contra a legalização das drogas.

    Sobre a acusação de que teria envolvimento com o PCC, disse que houve uma associação equivocada, com base em reportagem publicada na imprensa. Em 2015, foi revelado que o então secretário da Segurança Pública de São Paulo aparecia no Tribunal de Justiça como advogado em pelo menos 123 processos na área civil de uma cooperativa citada em investigação que apura suposta formação de quadrilha e lavagem de dinheiro do PCC.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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