O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, anunciou neste domingo, 15, que o Governo Lula vai criar o que ele chamou de “rede de defesa da verdade”, sem dar muitos detalhes dessa nova estrutura. O ministro escreveu em suas redes sociais: “Estamos planejando a estrutura e tarefas da comunicação institucional do governo. Paralelo a isso precisamos reativar a rede de ‘defesa da verdade’”, escreveu Pimenta no Twitter. Ele afirmou que o decreto de criação da nova Secom será publicado no próximo dia 24, detalhando as novas tarefas do órgão.
O ministro faz referências somente às fake news disseminadas por Bolsonaro e adeptos do bolsonarismo “O Brasil assistiu nessa eleição a mais poderosa máquina de desinformação e uso de recursos públicos para eleger um candidato. Mesmo assim Bolsonaro foi derrotado. Mas o bolsonarismo continua ativo e mobilizado nas ruas e nas redes”, escreveu Pimenta. Durante as eleições, muitos petistas também foram acusados de divulgar notícias falsas.
O ministro afirmou que Bolsonaro gastou 300 bilhões de reais do povo brasileiro para se manter no poder. “Fora a quantia de recursos não contabilizada oficialmente, de setores que tinham interesse em sua vitória, e despejaram rios de dinheiro para promover o medo e o ódio e as fake news”, escreveu o ministro da Secom. A cifra citada pelo ministro inclui pagamento do Auxílio Brasil, que agora o governo Lula transformou novamente em Bolsa Família.
O ministro fez mais acusações: “Uma máquina de comunicação com recursos públicos e privados, legais e ilegais, esteve no centro da estratégia de poder de Bolsonaro. Grande parte desta estrutura atuando e foi por onde os atos criminosos foram organizados. O ‘gabinete do ódio’ não se desfez”. Para o ministro, a nova estrutura que vai decidir o que é verdade pode reforçar a democracia. “A disputa da narrativa, a verdade contra a mentira, a desconstrução das fake news, e das teorias mais absurdas e incríveis é uma tarefa complexa e difícil. O mundo se debruça sobre esse fenômeno e busca respostas e soluções que protejam a democracia desta crescente ‘corrosão’”, escreveu Pimenta.
O ministro diz que a “sociedade civil, os influenciadores digitais, os partidos políticos, os movimentos sociais” possuem um protagonismo importante nesse processo. “Compreender isso e ativar essa ‘força’ organizada é fundamental para a defesa da democracia”, escreveu. O ministro afirma que o presidente Lula foi muito firme em determinar um conjunto de medidas e ações em defesa da Constituição e do Estado de direito. “Os Três Poderes responderam com energia aos atos criminosos e ações dos golpistas. A democracia saiu fortalecida e os criminosos serão punidos”.