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Metano do aterro de Gramacho será processado na Reduc

Recursos obtidos com créditos de carbono e venda do gás serão aplicados na recuperação ambiental do bairro Jardim Gramacho

Por Da Redação
25 abr 2012, 18h21

O secretário de meio ambiente do estado do Rio, Carlos Minc, afirmou na ta4rde desta quarta-feira que o gás metano que será captado no aterro de Gramacho em breve será fornecido à Refinaria Duque de Caxias (Recuc). O plano do governo do estado é investir 18% desses recursos na recuperação ambiental do bairro Jardim Gramacho, no município de Duque de Caxias, uma área degradada que nasceu e cresceu junto com o despejo de lixo a céu aberto – formando o maior depósito de lixo da América Latina.

Em um encontro sobre o Programa de Saneamento dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara (Psam), no Clube de Engenharia, Minc adiantou que a exploração do metano gerado em Gramacho vai gerar créditos de carbono. “Além desta verba, vamos tentar captar recursos do Governo Federal e de outros órgãos para recuperar esse bairro”, acrescentou o secretário.

Aproveitar o metano é uma forma de transformar parte de um problema ambiental em recursos. O gás é mais poluente que o monóxido de carbono e, com a decomposição do lixo, é liberado na atmosfera. Se drenado e canalizado, pode alimentar a geração de energia elétrica, como já foi feito em São Paulo, no Aterro Bandeirantes.

O PSAM tem à disposição recursos de 1,13 bilhão de reais – dos quais 800 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e 330 milhões do Fecam (Fundo Estadual de Conservação Ambiental). Segundo Minc, o programa permitirá tratar 4.000 litros de esgoto por segundo antes do seu despejo na Baía de Guanabara.

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Correr com a despoluição, atualmente, é uma questão moral para o Rio, cidade que receberá, em junho, a Rio+20. Há 20 anos, na Rio 92, foi lançada a semente para o Programa de Despoluição da Baía de Guabanara (PDBG). Em recursos do BID, foram consumidos mais de 1 bilhão de dólares, mas a baía continua poluída, e as estações de tratamento de esgoto construídas custaram a funcionar de fato. Por falta de redes de saneamento, o esgoto não chegou às estações. Segundo Minc, houve avanços. O secretário afirmou que, em 2007, apenas 2 mil litros de esgoto por segundo recebiam tratamento. “Atualmente, estamos tratando 6 mil litros de efluentes por segundo e queremos chegar ao final do governo, em 2014, com 12 mil litros de esgoto tratado. Vamos chegar a 2016 com 16 mil litros de esgoto por segundo recebendo tratamento, um compromisso olímpico do governo”, disse.

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