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Maioria reprova conduta de Moro em diálogos vazados, diz Datafolha

Para 58% dos entrevistados que tiveram conhecimento dos diálogos do ministro com os procuradores da Lava Jato, conduta do ex-juiz foi inadequada

Por da Redação
Atualizado em 6 jul 2019, 20h35 - Publicado em 6 jul 2019, 19h45
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  • A conduta da ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, na Operação Lava Jato, quando ainda era juiz, é reprovada por 58% da população, segundo pesquisa divulgada neste sábado, 6, pelo Datafolha.

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    A pesquisa foi feita em 4 e 5 de julho com 2.086 entrevistados com mais de 16 anos, em 130 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

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    Diálogos entre procuradores da força-tarefa Lava Jato e o então juiz mostram uma colaboração entre as duas partes e foram divulgados primeiramente pelo site The Intercept, em 9 de junho. Nas últimas duas semanas, VEJA, em parceria com o site, analisou 649 551 mensagens entre os envolvidos.

    O conteúdo mostra que Sergio Moro cometeu irregularidades. O atual ministro pediu à acusação que incluísse provas nos processos que chegariam depois às suas mãos, mandou acelerar ou retardar operações e fez pressão para que determinadas delações não andassem.

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    Segundo o Datafolha, 63% dos entrevistados dizem estar informados acerca do episódio das conversas relacionadas à Lava Jato, 23% deles bem, 32% mais ou menos e 8% mal.

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    Entre os que ouviram falar do caso, 58% acham que a conduta de Moro foi inadequada e 31% a aprovam. Outros 11% não sabem avaliar.

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    Além disso, segundo a pesquisa, para 58% dos que tem conhecimento dos diálogos, as eventuais decisões de Moro na Lava Jato devem ser revistas, se comprovadas irregularidades. Para 30%, o ganho no combate à corrupção compensa eventuais excessos cometidos.

    Apesar da maioria reprovar a conduta de Moro, 58% acham não há motivo para sua saída, enquanto 38% veem em suas atitudes como motivos suficientes para que ele deixe o cargo de ministro.

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    Maioria aprova prisão de Lula

    Nos diálogos divulgados, Moro conversa com o procurador Deltan Dallgnol, do MPF, autor da denúncia que levou à condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do tríplex do Guarujá. Entre os trechos divulgados, está a indicação, por parte de Moro, de uma pessoa “aparentemente disposta” a falar sobre imóveis relacionados ao petista.

    A condenação de Lula por corrupção e lavagem de dinheiro, a mais famosa sob responsabilidade de Moro e confirmada em duas instâncias superiores, é vista como justa por 54%, mesmo índice obtido em abril. Aqueles que a acham injusta oscilaram dentro da margem de erro, de 40% para 42%. E 4% não souberam opinar — antes eram 6%

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    Os grupos que mais julgam a prisão de Lula como justa são os de escolaridade superior (62%) e aqueles que ganham acima de 10 salários mínimos (67%). A maioria dos mais pobres (51%) e menos escolarizados (49%) acham ela injusta. Por regiões, 56% dos nordestinos condenam a prisão de Lula, enquanto 63% dos sulistas a aplaudem, refletindo o que foi a eleição presidencial no ano passado, entre o candidato petista Fernando Haddad e Jair Bolsonaro, do PSL.

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    A tendência segue a mesma com relação aos diálogos de Moro. Entre apoiadores do atual presidente, 87% acham adequadas, enquanto 82% dos petistas pensam o contrário.

    O Datafolha mostra também uma queda na aprovação da Lava Jato após a divulgação das conversas. Segundo a pesquisa, aqueles que consideravam a operação ótima/boa caíram de 61% para 55%, na comparação com a pesquisa anterior, feita nos dias 2 e 3 de abril. Já a porcentagem daqueles que consideram a operação regular subiu de 18% para 24%, enquanto a rejeição como ruim ou péssima ficou estável em 18%. Outros 3% não souberam responder.

    Pouco impacto no eleitorado de Bolsonaro

    Apesar da reprovação da maioria às condutas do ministro nos diálogos divulgados, segundo a pesquisa, a aprovação de Moro não caiu entre aqueles que apoiam o governo. Dos que aprovam Bolsonaro, 33% acham que eventuais irregularidades de Moro sejam graves e 81% consideram que o ministro deve ficar no cargo.

    Já entre aqueles que aprovam a reforma da Previdência proposta pelo governo, a principal pauta da gestão Bolsonaro até então, 72% defendem a permanência de Moro no ministério e 45% acham que o combate à corrupção é mais importante do que eventuais irregularidades.

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