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Lula, o craque petista, anda pisando na bola e distribuindo caneladas

Presidente comanda um governo descoordenado, emite sinais contraditórios e permite que seus principais auxiliares sabotem uns aos outros

Por Daniel Pereira Atualizado em 21 abr 2024, 20h03 - Publicado em 21 abr 2024, 20h01

Único brasileiro a conquistar três vezes a Presidência da República em eleições diretas, Lula já foi comparado a Pelé, o rei do futebol, por seu ex-chefe de gabinete Gilberto Carvalho. Desde os tempos em que liderava a oposição, o petista é tratado como um fora de série, um animal político e um especialista na arte de atrair aliados e superar adversidades. Sua desforra contra a Lava-Jato é uma prova disso. Já a sua atuação no terceiro mandato tem colocado em xeque a sua fama.

Distante dos problemas da população e dos desafios da máquina pública, Lula comanda um governo descoordenado, emite sinais contraditórios a subordinados e eleitores em geral e permite que seus principais ministros sabotem uns aos outros, como mostra a reportagem de capa da nova edição de VEJA. Além de estar omisso em campo, o craque petista, quando decide jogar, muitas vezes — em vez de colocar a bola no chão e controlar o ritmo da partida — prefere distribuir caneladas. Foi o que aconteceu no caso da tensa relação que ele mantém com o presidente da Câmara, Arthur Lira.

Dividida

Depois de o plenário da Câmara manter a prisão do deputado Chiquinho Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, o presidente da Casa acusou o ministro Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do governo, de ser a fonte de reportagens que consideravam o desfecho da votação sobre Brazão uma derrota de Lira. Em público, o deputado chamou Padilha de “incompetente” e “desafeto pessoal”.

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O ministro reagiu dizendo apenas que não desceria ao nível de Lira. Já Lula resolveu participar do tiroteio verbal tomando partido de seu auxiliar: “Só de teimosia, Padilha vai ficar muito tempo nesse ministério”. O presidente quis mostrar a Lira quem manda, o que não é necessário nem condiz com a liturgia do cargo. Com o rompante, só conseguiu agravar a situação. Em reação, Lira fez correr a versão de que poderia retaliar o governo com uma série de iniciativas, como a instalação de CPIs e a votação das chamadas pautas-bomba. À frente da Câmara, ele tem poder para isso.  

Diante das ameaças, os bombeiros entraram em campo, e a situação parece contornada. Depois de uma conversa com Lula em maio do ano passado, Lira se mostrou surpreso com a desordem no governo do petista, “um homem de três mandatos, “um Pelé da política”, como definiu na ocasião o parlamentar. As jogadas mais recentes do petista — inclusive nos campos da economia e das relações internacionais — mostram que qualquer paralelo com o rei do futebol é totalmente descabido.

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