Depois das novas movimentações que agitaram a conjuntura da eleição do Rio de Janeiro na última semana, Lula (PT) definiu uma data para ir ao estado e formalizar seu palanque no berço do bolsonarismo. No dia 7 de julho, uma quinta-feira, em evento que tende a ser público, o petista vai oficializar a chapa com Marcelo Freixo (PSB) para o governo e André Ceciliano (PT) na disputa pelo Senado. O local ainda não foi definido, mas espaços como a Cinelândia e a Lapa, tradicionais redutos da esquerda, são considerados.
Também há a expectativa de que o vice de Freixo, possivelmente o ex-prefeito Cesar Maia (PSDB), seja definido até lá. Outra pendência que querem resolver antes do evento é o impasse envolvendo o Senado – o pessebista Alessandro Molon mantém sua candidatura, o que irrita os petistas. No início da próxima semana, haverá uma reunião entre as direções nacionais dos partidos para falar sobre isso.
Nesta semana, depois de a articulação de Freixo com a família Maia avançar, o prefeito Eduardo Paes, que preside o PSD no Rio, foi a São Paulo conversar com Lula e sinalizou que fará campanha para ele na eleição presidencial. Descartou, no entanto, uma composição com o PSB e reiterou a candidatura de Felipe Santa Cruz – que buscará dar um novo palanque ao ex-presidente no estado.
Na véspera do evento com Freixo e Ceciliano, Lula deve ter um encontro com lideranças comunitárias. Há tempos a campanha do petista no Rio vem destacando a importância de se aproximar do povo em locais-chave da capital fluminense, onde Jair Bolsonaro (PL) teve votação massacrante em 2018.