Ao assumir o seu primeiro mandato na Presidência da República, em janeiro de 2003, Lula lançou o Fome Zero, anunciado como principal bandeira na área social e carro-chefe da nova administração. O programa não deu certo e acabou incorporado ao Bolsa Família, que se transformou numa das principais marcas das gestões petistas.
Neste ano, ao tomar posse pela terceira vez na Presidência, Lula não divulgou nenhum projeto novo de impacto e, segundo seus assessores, não pretende fazê-lo. O plano do governo é retomar antigos programas, como o Minha Casa, Minha Vida, e turbinar o próprio Bolsa Família. Não há a intenção de apostar numa marca específica para os 100 primeiros dias de mandato, porque há o entendimento de que há ganhos de imagens evidentes na comparação com a gestão de Jair Bolsonaro. Entre eles, dois se destacam.
De acordo com petistas, Lula conseguiu pacificar as relações institucionais e o ambiente político no país, estabelecendo um diálogo transparente — e até aqui sem ruídos — com os outros poderes e os governadores de Estado, inclusive oposicionistas, como Tarcísio de Freitas, de São Paulo. Além disso, na visão de seus auxiliares, o presidente conseguiu reposicionar o Brasil no cenário internacional.
Lula já foi recebido pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e viajará à China, dialogando com as duas potencias globais. Uma proposta do governo brasileiro para acabar com a Guerra na Ucrânia também está sendo analisada, conforme confirmou o próprio governo da Rússia, protagonista do conflito.