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Líder nas pesquisas, Bolsonaro é criticado por adversários em debate

'Está tendo um incêndio dentro do Posto Ipiranga', disse Marina sobre a discordância entre o presidenciável do PSL e seu conselheiro econômico, Paulo Guedes

Por Denise Chrispim Marin Atualizado em 4 jun 2024, 17h09 - Publicado em 21 set 2018, 00h47
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  • Única ausência entre os candidatos mais bem pontuados nas pesquisas de intenção de votos no debate da TV Aparecida, nesta quinta (20), o candidato Jair Bolsonaro (PSL) foi atingido por um “ele, não”, disparado por Guilherme Boulos (Psol) e, sempre que possível, por seus demais adversários. Bolsonaro lidera todas as pesquisas publicadas nesta semana. Ele não pode comparecer, pois se recupera de uma facada sofrida no dia 6 de setembro.

    Bolsonaro foi especialmente atacado em seu “casamento” com o Paulo Guedes, estremecido desde que  o economista de sua campanha propôs o retorno da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). “Nós temos aí essa confusão entre o Bolsonaro e o economista-mor dele, o Paulo Guedes. Parece que está tendo um incêndio dentro do Posto Ipiranga”, disparou Marina Silva (Rede), aproveitando-se do apelido de Guedes.

    “Esse incêndio no posto já é a demonstração de que, quando se quer ser candidato, não se sabe o que vai fazer e se terceiriza para os outros, é isso o que acontece. Bolsonaro diz uma coisa, e o Posto Ipiranga diz outra”, completou.

    Marina afirmou ser completamente contra a reedição dessa medida “usada de forma pervertida”. Henrique Meirelles (MDB), que levantara sua oposição ao retorno da contribuição em pergunta para a candidata da Rede, afirmou ser a proposta de Guedes um “exemplo do que não pode ser feito e uma mostra de quem não tem preparo para conduzir a economia”. “A população precisa ser alertada”, afirmou o ex-ministro da Fazenda do presidente Michel Temer.

    A candidata da Rede de Sustentabilidade mencionou o fato de Bolsonaro não estar presente por causa de uma “tragédia nefasta de violência”. Mas o acusou de se propor a governar para os poderosos e criticou a declaração do companheiro de chapa de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, de que um lar conduzido apenas pelas mães e avós é uma “fábrica de desajustados”. “Essa visão tem de ser combatida.”

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    Bolsonaro voltou a ser lembrado por Boulos ao perguntar a Alvaro Dias (Podemos) sobre questões de gênero. O candidato do Psol defendeu a adoção de um “selo do machismo” sobre os homens que agredirem as mulheres e ações do governo para agir contra a desigualdade entre homens e mulheres. Propôs a adoção do voto paritário para os membros do Congresso e prometeu que metade de seu ministério será composto por mulheres.

     

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