O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), se empenhou para impedir o acesso às galerias durante a sessão em que o Parlamento pode votar a manobra fiscal que extingue o superávit primário de 2014. A oposição protestou, mas o peemedebista afirmou ter distribuído senhas às lideranças partidárias de forma proporcional ao tamanho das bancadas. Assim, cada partido poderia fazer entrar seus próprios convidados. O PSDB, por exemplo, teria direito a dez senhas. Mas a maior parte das siglas não repassou as senhas e o resultado foi esse: lugares de sobra no plenário enquanto dezenas de pessoas – contrárias à manobra fiscal – esperavam para entrar, vigiados por seguranças da Câmara. Por volta das 20 horas, Renan foi além: determinou a retirada das poucas pessoas que criticavam deputados e senadores governistas nas galerias. Resultado: a sessão de votação transcorrerá com as galerias vazias. (Gabriel Castro, de Brasília)
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