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Lava Jato: Moro manda libertar irmão de Dirceu

Na VEJA.com: O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, determinou nesta quarta-feira que seja libertado o advogado Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Ele já estava preso temporariamente desde o início da semana passada, assim como o irmão petista, por suspeitas de integrar um […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 00h44 - Publicado em 12 ago 2015, 21h31
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  • Na VEJA.com:
    O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, determinou nesta quarta-feira que seja libertado o advogado Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Ele já estava preso temporariamente desde o início da semana passada, assim como o irmão petista, por suspeitas de integrar um esquema de arrecadação de propina junto a empreiteiras. Além de Luiz Eduardo, também serão colocados em liberdade o ex-assessor de Dirceu Roberto ‘Bob’ Marques e o empresário Pablo Kipersmit. Os três estavam na carceragem da Polícia Federal na capital paranaense.

    No despacho em que revoga a prisão temporária dos três, o juiz Sergio Moro afirmou que existem indícios de que Bob Marques e Luiz Eduardo seriam “auxiliares de José Dirceu na operacionalização de recebimento de propinas e lavagem de dinheiro”, mas disse esperar que a prisão de José Dirceu já seja suficiente para estancar as atividades criminosas do grupo.

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    Luiz Eduardo, sócio da JD até 2013, é apontado pelos investigadores como a pessoa que pedia propina para o esquema corrupto do irmão. Ele foi preso na 17ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada no último dia 3. Em depoimento aos investigadores, ele admitiu que empreiteiras repassaram dinheiro para a JD, mas disse que os recursos representam um “auxílio financeiro” a Dirceu.

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    Apesar de ter decretado a liberdade dos três suspeitos, o juiz afirmou que as investigações do escândalo do petrolão indicam um “contexto de criminalidade desenvolvida de forma habitual, profissional e sofisticada”. Para Moro, a prisão do irmão de Dirceu, de Bob e de Kipersmit neste momento não seria mais necessária porque antes é preciso “aprofundar a investigação”. “Em relação aos três, especialmente Luiz Eduardo e Pablo Kipersmit, embora não se possa falar que houve propriamente colaboração com a justiça criminal, houve, pelo menos, a admissão parcial de fatos importantes, o que também deve ser levado em conta nesse momento, pois pelo menos indicam menor risco às investigações que se seguirão”, disse ele.

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    Na decisão em que autorizou a libertação, o juiz Sergio Moro listou uma série de exigências a serem cumpridas por eles, como a proibição de deixar o país ou de mudar de endereço, obrigação de entregar o passaporte e proibição de entrar em contato com outros investigados ou com delatores da Lava Jato. No caso de Bob Marques, ele também terá de se afastar do cargo que tem na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

    Na tentativa de revogar a prisão temporária, a defesa de Bob havia alegado a Moro que não havia risco de o assessor fugir do país ou atrapalhar na coleta de provas do petrolão. Os advogados do ‘faz-tudo’ de Dirceu também pediram o desbloqueio de contas bancárias porque ele tem a mãe como dependente e alegaram que a conversão da prisão temporária em preventiva seria desnecessária porque Bob Marques “não é um marginal”. “Não é, definitivamente, um marginal. Não tem bens ou quantias no exterior. Com certeza, não enriqueceu ilicitamente. Se outros investigados se conduziram mal, isso não significa que o acusado assim se comportará”, disse. Em depoimento à Justiça, Bob Marques admitiu ter recebido mesada de 30.000 reais em 2011, retiradas na JD Consultoria, porque estaria em dificuldades financeiras.

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