O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin, que a prisão do empresário Joesley Batista e do executivo Ricardo Saud, ambos do grupo JBS, seja convertida de temporária em preventiva. O mandado que se iniciou no último domingo vence na sexta-feira, quando Saud poderia ser solto. Se Fachin aceitar, o diretor ficará preso por tempo indeterminado.
Joesley continuará preso de qualquer forma, porque pesa contra ele outra ordem de prisão, ocorrida simultaneamente a do irmão, Wesley Batista, na quarta-feira. Os executivos da empresa perderam ao menos temporariamente os benefícios do acordo de colaboração, que garantiria imunidade total contra protestos, suspenso por decisão do procurador-geral.
Mais cedo, Janot incluiu Joesley Batista e Ricardo Saud no processo em que denunciou o presidente Michel Temer (PMDB). Na peça, o chefe do MPF afirmou que decidiu rescindir o acordo de delação dos dois e que defende que as provas fornecidas por eles continuem válidas.