O presidente eleito Jair Bolsonaro lamentou a decisão do PT e do PSOL de não participar da cerimônia de posse dele no Congresso Nacional. Os dois partidos fizeram o anúncio por meio de notas oficiais.
Soube que PT e PSOL não comparecerão à cerimônia de posse presidencial em repúdio a mim. Lamento! 👍🏻
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 29 de dezembro de 2018
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Com 56 deputados eleitos, o PT deve formar a maior bancada da Câmara, seguida do PSL. No senado, o partido conquistou seis cadeiras. “Mantemos o compromisso histórico com o voto popular, mas isso não nos impede de denunciar que a lisura do processo eleitoral de 2018 foi descaracterizada pelo golpe do impeachment, pela proibição ilegal da candidatura do ex-presidente Lula e pela manipulação criminosa das redes sociais para difundir mentiras contra o candidato Fernando Haddad”, diz nota assinada por Paulo Pimenta, líder do partido na Câmara, Lindbergh Farias, líder do partido no Senado, e Gleisi Hoffmann, presidente do PT.
Já o PSOL, partido que elegeu dez deputados federais no pleito de outubro, também informou em nota que vai boicotar a solenidade da posse de Bolsonaro e do vice-presidente eleito, Hamilton Mourão (PRTB). Segundo a legenda, a posse é um ato formal, mas “também é um momento de festa”, o que justifica a ausência. “Para o PSOL, não há nada a comemorar”.
“O governo que se iniciará no próximo dia 1º tem como princípios o ódio, o preconceito, a intolerância e a violência. Bolsonaro e seus ministros desprezam os direitos humanos, a soberania nacional, a democracia e os direitos sociais”, argumenta a executiva do partido, em texto que também cita a existência de ações contra a chapa de Bolsonaro por supostos crimes eleitorais. “Sua vitória [do presidente eleito], além de se assentar no medo e na desilusão com o sistema político brasileiro, também se deve à fraude promovida pelas mentiras disseminadas contra seus adversários”, aponta.