Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Bolsonaro terá 12 chefes de Estado e de governo em sua posse

A comitiva dos Estados Unidos será chefiada pelo secretário de Estado, Mike Pompeu; representantes de Cuba, Venezuela e Nicaraguá foram vetados

Por Reuters
Atualizado em 1 jan 2019, 15h08 - Publicado em 28 dez 2018, 18h53

O presidente eleito Jair Bolsonaro deve receber na cerimônia de posse na terça-feira, 12 chefes de Estado e de governo, incluindo nomes como o do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com quem já almoçou no Rio de Janeiro nesta sexta-feira 28, e o boliviano Evo Morales, o único presidente do chamado grupo dos bolivarianos sul-americanos a confirmar presença.

Da América Latina, Bolsonaro conseguiu atrair para sua posse nomes alinhados com sua política mais conservadora, incluindo Mario Benítez Abdo (Paraguai) e Ivan Duque (Colômbia), além do presidente do Chile, Sebástian Piñera. Completam a lista de vizinhos Tabaré Vasquez, do Uruguai, o peruano Martín Vizcarra e o hondurenho Juan Orlando Hernández.

A comitiva dos Estados Unidos será chefiada pelo secretário de Estado, Mike Pompeu, apesar da intensa campanha para atrair o presidente americano Donald Trump para a cerimônia. Por tradição, os presidentes dos Estados Unidos não comparecem pessoalmente a posses presidenciais.

A Argentina, parceiro comercial mais próximo do Brasil na região, também será representada por seu chanceler, Jorge Faurie. Envolvido em uma crise política e econômica, o presidente  Mauricio Macri preferiu não sair do país.

Continua após a publicidade

A China enviará à posse o vice-presidente do Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional da China, Ji Bingxuan, em decisão considerada “protocolar” nos meios diplomáticos. Apesar de politicamente representativo, o enviado não tem status nas relações comerciais chinesas. Ainda assim, o país abre uma porta de relação com o Brasil, de quem é o maior parceiro comercial atualmente.

Vetados

Três líderes latino-americanos foram vetados pelo Ministério das Relações Exteriores por, segundo o futuro governo brasileiro, comandarem regimes ditatoriais ou de desrespeito aos direitos humanos: Daniel Ortega (Nicaraguá), Nicolás Maduro (Venezuela) e Miguel Díaz-Canel (Cuba) – os dois últimos haviam sido chamados, mas foram desconvidados logo depois.

Segundo especialistas, a decisão de desconvidar de última hora os chefes de Estado é inédita nas relações exteriores do Brasil pós-redemocratização. O recuo, considerado extremamente deselegante do ponto de vista diplomático, vai contra a tradição brasileira de enviar convites a todas as nações com que o Brasil mantém relações, até mesmo aquelas com governos autoritários.

Continua após a publicidade

“Tomamos uma decisão que vai contra a longa tradição brasileira de convidar todo o mundo para a posse”, afirma Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Londres e Washington.

“Foi um equívoco, deveriam ter mantido os convites”, completa o diplomata, que critica também a opção do Brasil de desfazer os convites às duas nações, mas manter na lista de convidados chefes de Estado de outras nações tão ou até mais autoritárias do que Venezuela e Cuba.

“A decisão de desconvidar é um sinal de descortesia, um gesto pesado”, diz Alberto Pfeifer, coordenador adjunto do Grupo de Análise de Conjuntura Internacional (GACInt) junto ao Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.