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Haddad, agora, diz que manifestantes se negam a dialogar

Prefeito afirma que organizadores de movimento - o mesmo que o PT já apoiou - não querem conversar

Por Da Redação
14 jun 2013, 08h58

Após a quarta noite de tumultos em São Paulo, movidos por manifestações contra o reajuste das tarifas de metrô, trem e ônibus, o prefeito Fernando Haddad, que até então só havia falado obviedades sobre os episódios de baderna na cidade, criticou os organizadores dos protestos. Agora, ele diz que, desde o início, eles se negaram a dialogar. Em entrevista ao programa Bom Dia São Paulo, da TV Globo, nesta sexta-feira, ele afirmou que a prefeitura jamais se negou a receber representantes de movimentos sociais. “No dia do primeiro ato, os manifestantes se recusaram a formar uma comissão e fazer o diálogo. Quero mostrar para o movimento que 600 milhões de reais (retirados de outras áreas da prefeitura para subsidiar um reajuste menor) não são pouco dinheiro”.

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Curiosamente, na gestão de seu antecessor, o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), o PT, partido de Haddad, apoiou o Movimento Passe Livre, que encabeça as manifestações atuais. O movimento é formado, em sua maioria, por militantes de partidos de extrema esquerda, como o PSOL, PSTU, PCO, PCR, e de organizações como a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e União da Juventude Socialista, ligada ao PCdoB. Também participam militantes de grupos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) e militantes pró-aborto. Os organizadores ameaçam nova manifestação na segunda-feira e convocam o ato para as 17 horas, no Largo da Batata, em Pinheiros.

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Ação policial – No protesto desta quinta-feira, a Polícia Militar colocou em prática a decisão, anunciada mais cedo, de endurecer contra os manifestantes. A corporação mobilizou a Tropa de Choque, a Cavalaria e ainda teve o apoio de helicópteros. Ao menos 149 pessoas foram detidas, segundo as informações oficiais divulgadas às 23 horas. Entre os feridos, há pelo menos quatro policiais. O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, fez uma defesa veemente da ação da polícia e disse que eventuais abusos cometidos serão apurados.

Na entrevista ao Bom Dia São Paulo, Haddad disse, ainda, que é preciso fazer obras como corredores exclusivos para a tarifa não seguir subindo. “Se não aumentarmos a velocidade média (dos ônibus), os custos vão continuar crescendo. Quanto maior a velocidade, menor os custos”. Para ele, as manifestações não são o melhor instrumento para conseguir reduzir as tarifas. “Isso se faz numa mesa de negociação, com diálogo. E não iludindo com a possibilidade de zerar a tarifa, como se isso fosse possível do dia para a noite”, disse. Ele acrescentou que é preciso dialogar com 11 milhões de pessoas – e não “com apenas 3 ou 4 mil que estão nas ruas”. “Para reduzir (a tarifa), a saída tem que ser saber de onde vão sair os recursos. Os subsídios no caso de São Paulo vão superar mais de 1 bilhão de reais”.

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