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Governo do Ceará tomará ‘medidas judiciais’ contra fake news de Zambelli

Deputada do PSL disse em entrevista que caixões estavam sendo enterrados vazios no Ceará

Por Da redação
Atualizado em 1 Maio 2020, 17h53 - Publicado em 1 Maio 2020, 17h23
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  • ORDENS SÃO ORDENS - Carla Zambelli: “Joice não tem apoio do presidente” (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

    O governo do Ceará informou nesta quinta-feira, 30, que tomará as “medidas judicias cabíveis” contra a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) por ela ter dito que no estado há caixões sendo enterrados vazios. Desde o agravamento da pandemia de Covid-19 no Brasil, que já vitimou mais de 6.000 pessoas, grupos bolsonaristas têm circulado fake news de que os governos estaduais estão inflando o número de mortes para prejudicar o presidente.

    O governo cearense comandado por Camilo Santana (PT) declarou que as declarações de Carla Zambelli são “levianas”, “inconsequentes”, um “insulto aos profissionais de saúde” e “às famílias das vítimas, que já sofrem neste momento difícil”.

    A deputada federal fez as declarações na última quarta-feira em entrevista à Rádio Bandeirantes. “No Ceará, tem caixão sendo enterrado vazio, tem uma foto de uma moça carregando caixão com os dedinhos”, disse ela. Na semana passada, Zambelli envolveu-se em outra polêmica quando Sergio Moro vazou uma troca de mensagens em que a deputada tentava convencê-lo a ficar no Ministério da Justiça, em troca de uma indicação futura a uma vaga no STF.

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    Deputados do PT chegaram a dizer que entrariam com ações contra a deputada por denunciação caluniosa. Ela reagiu, respondendo que apresentará o material para o Ministério Público investigar. “Se um deputado federal não puder mais denunciar aquilo que recebe do povo e assim representá-lo, estamos numa ditadura”, escreveu Carla, no Twitter.

    Não é a primeira vez que a parlamentar espalha fake news. Em novembro de 2015, ela gravou um vídeo em frente a uma loja da Havan em Uberaba (MG), dizendo que a filha da Dilma, Paula Rousseff, era dona do estabelecimento, cujo verdadeiro proprietário é Luciano Hang, amigo do presidente Jair Bolsonaro. Segundo ela, o símbolo da Havan remetia à Cuba. No ano passado, a deputada falou sobre o episódio, explicando que caiu numa fake news.

     

    Na internet, também circula outra fake news sobre caixões vazios, desta vez em Manaus, que passa por uma crise no sistema funerário, com mortos sendo enterrados em valas comuns. A montagem mostra a foto de um homem colocando um saco dentro de um caixão vazio. Na verdade, a imagem não tem nada a ver com a pandemia de Covid-19. Ela foi publicada em um jornal do interior de São Paulo em maio de 2017 sobre um esquema ilegal que forjava a morte de pessoas para receber em troca o seguro de vida das mesmas.

    Mesmo com a crise se agravando no país, o vírus da desinformação ainda continua se espalhando.

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