Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Governo deve anunciar novos cortes na próxima semana

O objetivo é poupar a Educação e Saúde e procurar novos alvos para cortes, tarefa considerada difícil depois do congelamento de 30 bilhões de reais em março

Por Da Redação Atualizado em 17 Maio 2019, 16h14 - Publicado em 17 Maio 2019, 11h53

O governo deve anunciar uma nova tesourada no orçamento na próxima semana, quando será divulgado relatório bimestral de receitas e despesas com as projeções deste ano para a economia. Depois dos protestos que tomaram conta de mais de 200 cidades em todo o país na quarta-feira 15, o objetivo é poupar a educação e a saúde e procurar novos alvos para cortes, tarefa considerada difícil depois do congelamento, em março, de 30 bilhões de reais.

Técnicos da área econômica fazem cálculos para não incluir a área de ensino, que, no contingenciamento mais recente, sofreu o maior corte nominal e perdeu 5,7 bilhões de reais. Já a saúde não deve ser incluída porque as despesas já estão perto do mínimo exigido na Constituição. Com a piora nas estimativas de crescimento econômico, será necessário um contingenciamento adicional de pouco mais de 5 bilhões de reais.

Os técnicos buscam ainda alternativas de receita antes de fechar o número final. O governo tende a poupar pastas que perderam muito no primeiro corte, além daquelas que têm receitas vinculadas – ou seja, arrecadadas com destinação específica.

Segundo dados levantados pela Associação Contas Abertas, a educação teve 24,6% das despesas discricionárias contingenciadas até quarta-feira passada. Um dos ministérios mais afetados pelo primeiro contingenciamento foi o de Minas e Energia, cujo bloqueio atingiu 79,5% do orçamento original. Sobrou menos de 1 bilhão de reais para o ano todo. Entre os que tiveram cortes de 30% a 40%, estão os ministérios de Infraestrutura, Defesa, Turismo, Ciência e Tecnologia, Agricultura e Desenvolvimento Regional.

Na mira da tesourada estão, principalmente, gastos com contratação de pessoal extra, pesquisas e aqueles que gerem retornos em médio e longo prazos. Para o economista Raul Velloso, especialista em contas públicas, ministérios com orçamento próximo de 1 bilhão de reais não devem ser alvo de cortes substanciais. “Um corte grande nessas pastas, além de não ter muito impacto, pode comprometê-las”, avalia.

Continua após a publicidade

Entre os ministérios com orçamento de 1 bilhão ou menos estão o Ministério do Turismo (37,3% de bloqueio); Meio Ambiente (22,8%); Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (20,1%); e ainda o Ministério Público da União, que passou ileso pelo primeiro contingenciamento. Também estão nesse grupo a Presidência da República, Advocacia-Geral da União Controladoria-Geral da União e o Gabinete da Vice-Presidência.

Procurado, o Ministério da Economia informou que cabe aos órgãos e ministérios a definição de suas prioridades quanto ao atendimento de suas políticas setoriais e custeio da administração. O Ministério da Infraestrutura afirmou que tem priorizado a conclusão de obras com “elevado grau de execução” ou dos “eixos de escoamento de produção agroindustrial e de integração nacional” e ressaltou que recompôs 2 bilhões de reais, dos 4,3 bilhões de reais contingenciados em março.

Já o Ministério da Ciência e Tecnologia disse que tem atuado com o Ministério da Economia para disponibilizar recursos. O Ministério de Minas e Energia afirmou que o contingenciamento está sendo administrado para manter a regularidade das atividades em curso das unidades da pasta. A Presidência afirmou que caberia ao Ministério da Economia tratar do assunto. As demais pastas não responderam.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.