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Governador do Rio nega participação em desvio de verbas na Saúde

Wilson Witzel disse que nem ele nem ninguém pode ser acusado de qualquer irregularidade sem prova

Por Agência Brasil Atualizado em 14 jul 2020, 23h10 - Publicado em 14 jul 2020, 23h08

O governador Wilson Witzel disse na noite desta terça-feira, 14, no Twitter que vai seguir governando “com ética e transparência”. Witzel se manifestou sobre um acordo de delação premiada que o ex-secretário de Saúde Edmar Santo teria assinado com a Procuradoria Geral da República (PGR) e que ainda não foi homologado. O ex-secretário foi preso na Operação Mercadores do Caos, que apura um esquema de corrupção na pasta da Saúde, e supostamente teria o governador a frente do desvio de verba.

“Com relação às informações divulgadas pela imprensa sobre um possível acordo de delação do ex-secretário de Saúde, Edmar Santos com a PGR, reafirmo, com serenidade e firmeza, o meu compromisso com a população do Rio de Janeiro de governar com ética e transparência”, escreveu o governador na rede social.

“Minha trajetória de vida fala por mim. Jamais me desviei do caminho da lei e, desde janeiro de 2019, do objetivo de reerguer o nosso Estado. Nem eu e nem ninguém pode ser acusado de qualquer irregularidade sem prova”, defendeu-se Witzel.

Prisão

Edmar Santos foi preso no último dia 10 numa operação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), suspeito de integrar uma organização criminosa que fraudou contratos de compra de respiradores pulmonares, que são usados em pacientes com covid-19.

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Santos, que é médico anestesista e tenente-coronel da Polícia Militar foi preso em casa, em Botafogo, zona sul da cidade. A ação que resultou na prisão do ex-secretário é um desdobramento da Operação Mercadores do Caos, sobre fraudes em contratos da Secretaria Estadual de Saúde, que já tinha resultado na prisão do ex-subsecretário executivo Gabriell Neves, no início de maio deste ano. Por ser oficial superior da PM, Edmar Santos está preso no Batalhão Especial Prisional (BEP) da corporação, em Niterói, região metropolitana do Rio.

Dias depois da prisão de Neves, ainda em maio, Edmar Santos foi exonerado do cargo de secretário estadual de Saúde. O Ministério Público também obteve junto à Justiça o arresto de R$ 36,9 milhões em bens de Edmar Santos, que seria o valor desviado em três contratos para a compra dos equipamentos médicos.

Segundo o MPRJ, Edmar Santos atuou de forma consciente, “em comunhão de ações e desígnios” com Neves e outros investigados na primeira fase da operação Mercadores do Caos, para desviar recursos públicos destinados à compra de ventiladores pulmonares.

O governador Witzel também é investigado pela compra dos respiradores, mas no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Procuradoria Geral da Justiça (PGR) pediu nesta segunda-feira (13) que o STJ fique responsável por todos os processos relativos às fraudes na saúde no Rio, realizados por meio da operação Mercadores do Caos.

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