Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Gilmar suspende transferência e Sérgio Cabral vai continuar no RJ

Transferência havia sido determinada pelo juiz federal Marcelo Bretas, que se sentiu ameaçado por Cabral após o ex-governador mencionar sua família

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h36 - Publicado em 31 out 2017, 12h17

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu nesta terça-feira o pedido do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) para não ser transferido de uma cadeia pública na capital fluminense para um presídio federal em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.

A transferência havia sido determinada pelo juiz federal Marcelo Bretasapós uma audiência em que Cabral citou a família do magistrado ao se defender da acusação de lavar dinheiro de corrupção através da compra de joias. Bretas entendeu a afirmação do ex-governador, de que seus familiares trabalham no ramo de bijuterias, como uma ameaça velada à sua integridade física e dos seus parentes, e decidiu que ele deveria ser transferido.

“Eu não recebi com bons olhos o interesse manifestado do acusado de informar que a minha família trabalha com bijuteria, por exemplo. Isso é o tipo da coisa que pode, subliminarmente, ser entendida como algum tipo de ameaça”, afirmou o juiz federal.

A decisão do juiz federal, agora contrariada por Gilmar Mendes, já havia sido mantida tanto pelo desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) quanto pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Para Gilmar, no entanto, a atividade econômica da família do juiz é fato tornado público por meio da imprensa e “não há nada de indevido no interesse do preso pela reportagem sobre a família de seu julgador”.

O ministro do STF considerou que o contexto em que a citação é feita pelo ex-governador –  a argumentação de que não seria possível lavar dinheiro através de joias – , afasta a possibilidade de ser entendida como uma ameaça. “Ainda que desastrada, a alegação do réu tem ligação com o caso em julgamento e representa conhecimento de dado tornado público pela própria família do julgador”, escreve.

Continua após a publicidade

Sobre a outra alegação do MPF para que Cabral fosse transferido para um presídio federal, a suposta concessão de vantagens para o ex-governador dentro do sistema prisional do Rio de Janeiro, o ministro admitiu que se trata de “fato grave, a merecer reação vigorosa”. Gilmar Mendes, no entanto, ressalvou que uma eventual vantagem “não constitui risco à segurança pública” que justificasse a transferência.

O ministro foi designado relator do habeas corpus de Sérgio Cabral por já ter julgado outras matérias decorrentes do braço fluminense da Operação Lava Jato, comandada por Bretas em primeira instância. Na ocasião, o ministro negou o pedido de Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como operador de propinas de Cabral, e o manteve preso.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

3 meses por 12,00
(equivalente a 4,00/mês)

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.