Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

‘Fábula’ sobre inelegibilidade revolta ministro que julgará Bolsonaro

Justiça Eleitoral está prestes a julgar ex-presidente por abuso de poder político, situação que pode suspender por oito anos direito a concorrer em eleições

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 abr 2023, 13h21 - Publicado em 17 abr 2023, 12h49

Às vésperas de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pautar uma ação que pode levar à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), um advogado provocou indignação no corregedor-geral eleitoral Benedito Gonçalves ao pedir autorização para participar como parte interessada no julgamento. Uma requisição desta natureza é comum em processos judiciais, mas Fábio de Oliveira Ribeiro disse no pedido que teria como contribuir com uma “fábula” que ele produziu com a ajuda da ferramenta de inteligência artificial ChatGPT.

No requerimento de participação no caso que pode tirar Bolsonaro da vida pública por oito anos, Ribeiro diz que teria direito a ingressar no processo por uma questão de “dignidade humana”, embora reconheça que “os argumentos que ele ofertará ao TSE em favor da procedência da ação podem não ser os melhores”. A argumentação foi considerada tão esdrúxula pelo corregedor que ele decidiu multar o advogado por litigância de má-fé, situação em que é detectada a intenção de atuar com deslealdade em um processo normalmente com o objetivo de tumultuar.

A tentativa de emplacar “uma fábula escrita a duas mãos com o ChatGPT” custará ao advogado o pagamento de uma multa no valor de dois salários mínimos. O valor será duplicado caso ele insista em conturbar o caso, disse o magistrado.

Considerado linha dura em processos eleitorais, Benedito Gonçalves é o relator das dezesseis ações de investigação judicial eleitoral (Aije) que buscam o veredicto da Justiça para que Bolsonaro e o então candidato a vice Walter Braga Netto sejam considerados inelegíveis por abuso de poder político. A mais adiantada das Aijes foi protocolada pelo PDT e atribui ao ex-presidente crime por ter reunido embaixadores em julho passado a fim de expor supostas fragilidades do sistema eleitoral brasileiro.

A este processo foram anexadas provas como a minuta, encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres, de um esdrúxulo Estado de Defesa no TSE, evidência que, segundo o partido, demonstraria a intenção de Jair Bolsonaro de tomar o poder caso fosse derrotado nas eleições de outubro. Neste caso, a Procuradoria-Geral Eleitoral deu parecer favorável à inelegibilidade do ex-presidente, e o processo está pronto para ser levado ao Plenário do TSE.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.