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Ex-deputado cita propina para Dornelles para abafar CPI da Petrobras

Segundo relato dado à procuradoria da Lava Jato, governador em exercício do Rio teria recebido R$ 9 milhões da Queiroz Galvão em 2009; Corrêa também citou Aécio Neves na delação

Por Da Redação
18 jun 2016, 16h09

Em negociação para fechar delação premiada, o ex-deputado Pedro Corrêa relatou a procuradores da Lava Jato que o governador interino do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles (PP), recebeu 9 milhões de reais em propina para abafar a CPI da Petrobras, instaurada em 2009 no Senado. As informações constam do anexo 8 da colaboração, segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo publicada neste sábado. O dinheiro, conforme o depoimento, teria vindo da empreiteira Queiroz Galvão por meio do seu ex-diretor Ildefonso Colares Filho..

Reportagem do site de VEJA publicada ontem revelou o conteúdo dos anexos 9 e 10 da delação, que citam o suposto apoio da presidente afastada Dilma Rousseff na indicação de Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras. “Dilma ficou comprometida em ajudar na nomeação de Paulo Roberto”, diz Corrêa. O primeiro investigado a assinar delação na Lava Jato, Costa fazia parte da cota do PP na estatal.

Na época da CPI da Petrobras, Dornelles era senador. Segundo o delator, o partido tinha “acerto” com a Queiroz Galvão no valor de 37 milhões de reais referente a obras da Refinaria de Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. Corrêa ainda afirmou que o trato foi fechado pelo ex-diretor da Queiroz Galvão Othon Zanóide Moraes Filho em conversa com o doleiro Alberto Yousseff, outro delator da Lava Jato.

As declarações de Corrêa foram feitas durante as tratativas de negociação do acordo de delação premiada, que ainda precisa ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-deputado já foi condenado a 20 anos de prisão no escândalo do petrolão e a 7 anos no mensalão.

Procurado pelo jornal, Franscico Dornelles, que substituiu o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), afastado para tratar de um câncer, classificou as citações feitas a ele de “absurdas e ridículas”.

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Aécio – No mesmo anexo da colaboração, Corrêa afirma que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi um dos responsáveis pela indicação do diretor de Serviços da Petrobras, Irani Varella, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Segundo Corrêa, Varella era responsável por conseguir “propinas com empresários para distribuir com seus padrinhos políticos” por meio de seu genro, identificado apelas como Alexandre.

Corrêa ainda relata que, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a partir de 2003, Irani Varella acabou sendo substituído no cargo por Renato Duque, que foi condenado na Lava Jato e cumpre prisão preventiva em Curitiba.

Em nota, Aécio afirmou Corrêa é desprovido de qualquer credibilidade eque sua afirmação é falsa e absurda.

(Da redação)

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