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‘Estamos com uma mão na faixa’, diz Bolsonaro na sede da PF no Rio

Candidato do PSL afirmou que o petista Fernando Haddad não conseguirá tirar 18 milhões de votos até o fim do segundo turno

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 17 out 2018, 15h47 - Publicado em 17 out 2018, 14h29
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  • A liderança de 18 pontos porcentuais sobre Fernando Haddad (PT), de acordo com a mais recente pesquisa Ibope, divulgada na segunda-feira 15, levou o presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, a dizer que se considera praticamente eleito, em razão da dificuldade de seu oponente tirar a diferença de votos nesta reta final de campanha de segundo turno.

    “Nós estamos com uma mão na faixa, é verdade. Pode até não chegar lá, mas estamos com uma mão na faixa. [Haddad] não vai tirar 18 milhões de votos de agora até daqui a dois domingos. Não vai tirar isso”, afirmou o candidato nesta quarta-feira, logo após visitar a sede da Polícia Federal, no centro do Rio.

    Pouco antes dessa declaração, o próprio Bolsonaro havia desconversado sobre a ampla vantagem. “Eu não estou preocupado com isso. Eu quero é ajudar o Brasil”, disse.

    Sobre sua participação nos debates eleitorais na televisão, o presidenciável disse que vai aguardar a avaliação dos médicos, marcada para esta quinta-feira, 18, para tomar uma decisão. O capitão da reserva, contudo, admitiu que pode deixar de comparecer aos encontros com Haddad, mesmo se for liberado pela equipe médica. “Tudo na política é estratégia”, declarou.

    Jair Bolsonaro afirmou ainda que não está fazendo “papel de vítima”. “Eu levei uma facada. Não era rinite, igual o Haddad teve e ficou sete dias sem ir (à prefeitura) de São Paulo. Perdi 2 litros de sangue, cortou o intestino grosso, fezes se espalharam por todo o meu organismo. Fui submetido a uma segunda cirurgia no dia 12, que começou às 9 horas da noite e terminou às 5 horas da manhã. Não foi uma brincadeira. Eu perdi 15 quilos, foi um atentado”, declarou.

    O presidenciável admitiu ainda que sua eventual ausência também pode passar por uma decisão de campanha. “Vou debater com um poste, com um cara que é um pau-mandado do Lula? Tenha santa paciência”, disparou. “Tudo na política é estratégia. O Lula não compareceu ao debate, o último da Rede Globo, em 2006, se não me engano. Entra tudo no meio, eu decido em equipe.”

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    ‘Compromisso pela família’

    Antes de ir à sede da PF no Rio, Bolsonaro se encontrou com o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta. Ele não deu entrevistas à imprensa, mas fez um breve discurso durante o encontro, em que afirmou que se pôs à disposição do arcebispo para sempre “ouvi-lo com o coração aberto”.

    “Assinamos um compromisso em defesa da família, em defesa da inocência da criança em sala de aula, em defesa da liberdade das religiões, contrário ao aborto, contrário à legalização das drogas. Ou seja, um compromisso que está no coração de todo brasileiro de bem”, disse o candidato do PSL.

    A reunião ocorreu por volta das 9 horas, na Arquidiocese do Rio de Janeiro, na Glória, Zona Sul da capital. Segundo a arquidiocese, o encontro foi um pedido de Bolsonaro. Além do presidenciável, estiveram no local o presidente em exercício do PSL, Gustavo Bebianno, e o empresário Paulo Marinho, que é suplente do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

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