“Engajamento antidemocrático é para ganhar dinheiro”, diz Barroso
Presidente do STF comentou sobre a necessidade de enfrentar grupos extremistas e que embate entre STF e Elon Musk é caso encerrado
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Atualizado em 15 abr 2024, 07h32 - Publicado em 14 abr 2024, 16h25
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso afirmou que “o engajamento antidemocrático é para ganhar dinheiro.” A declaração foi dada à imprensa durante a aplicação do Exame Nacional da Magistratura, em Belo Horizonte (MG), neste domingo 14, enquanto comentava sobre uma discussão que o mundo inteiro está travando sobre a questão democrática, em que, segundo o ministro, há uma articulação global de grupos que potencializam ataques às instituições e que precisam ser enfrentados.
“Esses ataques, muitas vezes, se escondem atrás da liberdade de expressão, quando, na verdade, estamos falando de um modelo de negócio que vive do engajamento motivado por ódio, mentiras e ataques às instituições. Quando o que estão fazendo é ganhando dinheiro”, afirmou o presidente da Suprema Corte.
STF x Elon Musk
O ministro também falou sobre o conflito entre o STF e o bilionário americano Elon Musk, proprietário da plataforma X (antigo Twitter), após este atacar à Justiça Brasileira. “Considero esse assunto encerrado”. Mas disse que por trás desse embate existe a questão civilizatória, em que destacou a desinformação e os ataques às instituições promovidos pelo negacionismo de extremistas.
“O processo civilizatório é a preservação da liberdade de expressão e, todavia, o enfrentamento de distorções graves representadas pelo ódio, pela desinformação deliberada e pelas teorias conspiratórias em sites que ensinam suicídio, ensinam automutilação, que estimulam a abandonar a escola. Nós vivemos um momento em que é preciso se enfrentar também a deterioração do processo civilizatório”, disse.
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