Após o acidente nuclear na usina de Fukushima, que ocorreu depois do terremoto e do tsunami que devastaram o Japão há uma semana, os riscos da energia nuclear têm sido rediscutidos em todo o mundo. Alguns países da União Europeia, por exemplo, já testam novos modelos de segurança. No Brasil, o governo negou que esteja reavaliando a construção de quatro novas usinas nucleares, mas disse estar de olho nos desdobramentos do caso japonês. Na próxima semana, o tema será levado ao Senado, em audiências públicas com a presença de especialistas e gestores da área.
Os debates foram marcados pelas comissões de Ciência e Tecnologia (CCT), Infraestrutura (CI) e de Meio Ambiente (CMA) e pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. Na manhã de quarta-feira, participarão das discussões Othon Luiz Pinheiro Silva, presidente da Eletronuclear, responsável pelas usinas termonucleares do país, e um representante da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
Governo – À tarde, o debate acadêmico ficará por conta dos especialistas em energia nuclear da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Luiz Pinguelli Rosa e Aquilino Senra Martinez, da Coppe. O ex-ministro da Ciência e Tecnologia José Goldemberg também participará. Na quinta, discutem o tema os ministros do GSI, José Elito de Carvalho, e da Ciência e Tecnologia, Aloísio Mercadante. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também foi convidado, mas sua presença não está confirmada.