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Em live com Bolsonaro, Pazuello admite colapso na saúde em Manaus

'Estamos novamente numa situação extremamente grave', disse o ministro sobre o avanço da Covid-19 na cidade, que está levando pacientes para outros estados

Por Da Redação Atualizado em 14 jan 2021, 21h34 - Publicado em 14 jan 2021, 21h30
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  • O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou na noite desta quinta-feira, 14, na live semanal que o presidente Jair Bolsonaro faz semanalmente em suas redes sociais que a pandemia da Covid-19 deixou a rede pública de Manaus em “colapso” e que a situação é “extremamente grave”.

    “Manaus teve o pior momento da pandemia em abril do ano passado, houve um colapso no atendimento, que foi revertido, as taxas caíram.  Agora estamos novamente numa situação extremamente grave. Eu considero que, sim, há um colapso no atendimento de saúde em Manaus”, disse.

    Ele ressaltou ainda que a falta de oxigênio líquido é o principal problema enfrentado pela capital do Amazonas. “Há uma redução da oferta, estamos priorizando isso para atender às UTIs, trabalhando para entregar mais oxigênio”, afirmou. Ele citou também que a “fila para leitos na cidade cresce bastante” e que já há 480 pessoas à espera de vaga.

    O ministro afirmou ainda que em Manaus há problemas com recursos humanos, oxigênio, infraestrutura e equipamentos. “Para cada problema temos uma ação. Estamos contratando pessoal e, junto com o governo do estado, implantando um centro integrado de operação e controle para tomar em conjunto ações de combate à pandemia”, declarou.

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    Ele afirmou que o governo federal já enviou profissionais, insumos, equipamentos e “toda a estrutura necessária” para reforçar as ações do estado e da prefeitura. “Agora começamos a remoção de pacientes de menor gravidade, para diminuir o impacto, colocando-os em hospitais federais que estejam num raio que permita o deslocamento com aviões da Força Aérea”.

    Com uma explosão no número de casos do novo coronavírus nos últimos dois meses, o consumo de oxigênio passou de 176.000 para 850.000 metros cúbicos ao mês, segundo o governo estadual, demanda que os fornecedores não têm conseguido suprir. Para tentar frear a curva de casos e mortes, o governo decretou toque de recolher em Manaus entre 19h e 6h.

    Profissionais da Saúde manauara relatam falta de oxigênio em unidades como o Hospital Universitário Getúlio Vargas, administrado pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), e em serviços de pronto-atendimento, como a Dr. José de Jesus Lins de Albuquerque, no bairro da Redenção. Também há relatos sobre pacientes sendo “ambuzados”, ou seja, com fornecimento de oxigênio manual por técnicos de enfermagem e enfermeiros.

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