Uma investigação interna sobre atos das gestões anteriores encontrou indícios de corrupção e desvios que poderão dar origem à “Lava Jato da Educação”, disse nesta quinta-feira, 14, o titular da pasta, Ricardo Vélez Rodríguez. A afirmação foi feita durante assinatura de um protocolo de intenções com outros órgãos de governo que vão apurar esses desvios.
Estavam presentes os ministros da Justiça, Sergio Moro, da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, e da Advocacia Geral da União (AGU), André Mendonça. Também participou o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. A informação foi divulgada há pouco pela assessoria de imprensa da pasta.
Segundo o MEC, Vélez apresentou exemplos “emblemáticos” de favorecimentos indevidos no Programa Universidade para Todos (ProUni), desvios no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), envolvendo o sistema S, concessão ilegal de bolsas de ensino a distância e irregularidades em universidades federais. Procurada, a assessoria de imprensa de Vélez ainda não deu detalhes sobre esses casos.
O pente fino sobre gestões anteriores é uma das prioridades do ministro da Educação em seus primeiros cem dias. A pasta pretende enviar os documentos para os ministérios poderem “aprofundar investigações, instaurar inquéritos e propor medidas judiciais cabíveis.”
“Queremos apurar todos os desvios praticados por pessoas que usaram o MEC e as suas autarquias como instrumentos para desvios”, afirmou Vélez. Segundo a pasta, os demais ministros elogiaram a iniciativa e se colocaram à disposição.