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Eduardo Bolsonaro defende separação por gênero em escolas e vira piada

Raciocínio do Zero Três foi questionado por usuários do Twitter

Por Giovanna Romano Atualizado em 12 dez 2019, 14h30 - Publicado em 12 dez 2019, 11h25
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  • O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu, pelas redes sociais, a separação por gênero nas escolas. O parlamentar citou o livro da deputada estadual Ana Carolina Campagnolo (PSL-SC), Feminismo: Perversão e Subversão, e relatou que a autora cita o declínio do uso das escolas que “só aceitam um sexo”. A declaração do Zero Três resultou em piadas e memes no Twitter.

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    “Há forte pressão, principalmente das feministas, para que as escolas abriguem na mesma sala meninos e meninas, mesmo havendo bons argumentos pedagógicos e empíricos atuais recomendando o contrário”, escreveu o parlamentar em sua conta oficial do Twitter.

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    Eduardo Bolsonaro ainda citou dois argumentos que, de acordo com a sua lógica, indicariam os benefícios das escolas separadas por gêneros. “Na Inglaterra mais de 90% das 25 melhores escolas inglesas são ‘single sex’; o mais antigo colégio brasileiro deste tipo, o São Bento (1858) que só aceita garotos, foi o 4º no ENEM 2012”, completou o deputado.

    Para a pedagoga e especialista em educação do Itaú Social, Juliana Souza Yade, a segregação por gêneros na sala de aula pode ser considerada um “retrocesso”. A VEJA, Juliana afirma que as crianças precisam de um ambiente coletivo para terem contato com a diversidade em diversos sentidos. “Essa composição mista é saudável para os alunos. A diversidade enriquece o ambiente”, considera.

    Ela conta que o modelo defendido por Eduardo remonta à metade do século passado e que, desde o fim da Ditadura Militar, as políticas educacionais se voltaram à inclusão. “Na década de 1960, por exemplo, o modelo majoritário nas escolas era a segregação por gênero”, afirma. Para a educadora, o papel da escola é a formação de “seres sociais”, que tenham relações múltiplas.

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    Após a declaração, internautas criticaram Eduardo Bolsonaro e seu raciocínio. Alguns deles apontaram a ambiguidade do argumento exposto, já que as outras escolas que ocuparam a primeira, segunda e terceira posição são mistas. Os usuários trouxeram até o psiquiatra Sigmund Freud, pai da psicanálise, para a discussão.

    Confira algumas reações:

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