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Doria: ‘Me diferencio da média do PSDB, não ando em cima do muro’

Em Goiás, prefeito discordou de Tasso Jereissati e disse 'não ver sentido' em saída de Aécio Neves da presidência do partido neste momento

Por Da Redação
19 out 2017, 17h44
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  • Cumprindo agenda em Goiás nesta quinta-feira, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), procurou se diferenciar da “média” do PSDB, durante um almoço-palestra com empresários e autoridades públicas do estado. Acompanhado do governador Marconi Perillo (PSDB), ele disse preferir ter opinião a ser classificado como “covarde”.

    “Democracia faz-se no campo das ideias; não se faz com violência, ataques, xingamentos. Isso só me motivou a fazer a gestão para a qual fui eleito em São Paulo, sem medo de olhar no horizonte”, disse. “Talvez, isso me diferencie da média do PSDB, assim como o governador Marconi Perillo. Não ando em cima do muro. Prefiro ser julgado por ter opinião a ser chamado de covarde”, afirmou.

    Antes de se encontrar com empresários, o prefeito de São Paulo se reuniu com Perillo no Palácio das Esmeraldas, sede do governo de Goiás. Oficialmente, eles trataram de três convênios assinados entre a Prefeitura de São Paulo e o governo goiano.

    Ainda em Goiânia, João Doria participará de uma cerimônia, para receber o “título de cidadão goiano”, honraria da Assembleia Legislativa de Goiás, às 17h. O retorno para a capital paulista está previsto para ocorrer na sequência, no começo da noite desta quinta.

    Em entrevista coletiva após o almoço, Doria e Marconi Perillo defenderam a permanência do senador Aécio Neves (PSDB-MG) na presidência do partido até a próxima convenção interna, prevista para o início de dezembro. Os questionamentos foram levantados após as declarações do presidente interino, o senador Tasso Jereissati (CE), de que o mineiro não tem “condições” de comandar o partido.

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    Em sua fala, o prefeito ressaltou que Aécio já está afastado da função: “Temos cerca de 40 dias para a convenção nacional do PSDB, quando será eleita uma nova Executiva Nacional do partido. Não me parece fazer sentido fazer mudanças agora, havendo uma eleição programada para início de dezembro. O que eu defendo fundamentalmente é o respeito a este rito”. Doria afirmou que é preciso “serenidade, equilíbrio e pacificação no Brasil para podermos avançar”.

    ‘Tenho lado’

    Ele aproveitou a presença do governador de Goiás ao seu lado para reforçar a sua preferência, já manifestada anteriormente, de que Perillo seja o próximo presidente do PSDB. “No meu caso, eu tenho lado. O meu lado é o do governador Marconi Perillo. Eu respeito (a posição do Tasso), mas a 40 dias da eleição do PSDB faz mais sentido seguir esse rito”, concluiu.

    Sem falar sobre uma possível candidatura, o governador corroborou a posição de Doria sobre Aécio. “Na minha opinião, não se justifica pedir ao senador Aécio que antecipe sua saída da Presidência do PSDB, já que ele não está sequer presidindo o PSDB. A verdade é que ele está licenciado, não está atrapalhando em nada”. Marconi Perillo afirmou também que ele “tem legitimidade” e que essa “é uma discussão necessária”.

    (Com Estadão Conteúdo)

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