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Dono do Grupo Petrópolis se entrega à força-tarefa da Lava Jato no PR

Acusado de integrar esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propinas disfarçadas de doações eleitorais, Walter Faria estava foragido desde 31 de julho

Por Redação Atualizado em 5 ago 2019, 17h06 - Publicado em 5 ago 2019, 17h05

O dono do Grupo Petrópolis, Walter Faria, se entregou à Polícia Federal, em Curitiba, no início da tarde desta segunda-feira, 5. Ele estava foragido desde o dia 31 de julho, quando teve um mandado de prisão preventiva expedido. O empresário é acusado de estar envolvido em um esquema de pagamento de propina e lavagem de dinheiro.

Faria é alvo da 62ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Rock City, que mira o pagamento de propinas disfarçadas de doações eleitorais e operações de lavagem de dinheiro feitas pelo Grupo Petrópolis, da marca de cerveja Itaipava. O grupo teria auxiliado a Odebrecht a pagar propina por meio da troca de reais no Brasil por dólares em contas no exterior.

Documentos obtidos por VEJA revelam transações suspeitas ligadas ao empresário. O esquema, de acordo com os investigadores, funcionava com uma complexa estrutura financeira montada no exterior. As contas bancárias de offshores ligadas à companhia eram irrigadas com diversas transferências de recursos. Em contrapartida, o grupo disponibilizava dinheiro em espécie no Brasil para pagamentos de propinas.

A investigação mostra que havia ao menos 38 contas relacionadas a Walter Faria na Suíça. Uma delas era operada pela empresa Somert AS – que recebeu 18 milhões de dólares da Odebrecht durante as eleições de 2014. Em delações premiadas, executivos da empreiteira disseram que utilizavam o grupo Petrópolis tanto para arrecadar dinheiro vivo como laranja para disfarçar repasses de propinas por meio de doações de campanha para diversos políticos. Os procuradores apontam que a fabricante de cerveja disponibilizou 208 milhões de reais em espécie à Odebrecht no Brasil, entre junho de 2007 e fevereiro de 2011, e repassou 121,5 milhões de reais em vantagens indevidas “travestidas de doações eleitorais”, entre 2008 e 2014.

(Com Estadão Conteúdo)

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