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Dois executivos que foram ligados à Oi são investigados pela Lava Jato

Empresa 'presenteou' ex-presidente Lula com antena para celulares a poucos metros do sítio usado por ele em Atibaia

Por Da Redação
18 fev 2016, 16h53
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  • Dois outros executivos que foram ligados à operadora de telefonia Oi estão entre os investigados da Operação Lava Jato, no inquérito que tem como alvo a atuação de José Zunga Alves de Lima, ex-sindicalista do PT, como suposto elo da empreiteira Andrade Gutierrez com o governo federal. A Oi colocou uma antena para celulares na zona rural de Atibaia, ao lado do Sítio Santa Bárbara, usado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2011 – um ano após a compra do imóvel.

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    A força-tarefa da Lava Jato suspeita que a antena instalada ao lado da propriedade rural tenha sido “um favor” para Lula. A torre de retransmissão de sinal foi erguida em 2011, mesmo ano em que OAS e Odebrecht são investigadas por terem feito suposta reforma no sítio como compensação por contratos no governo. O imóvel foi comprado em 2010 e registrado em nome dos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar – filho do ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar (PT) -, ambos sócios do filho mais velho do ex-presidente.

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    Zunga é amigo de Lula e atuou com a Gamecorp, empresa do filho mais velho do ex-presidente Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha. Em 2005 a Andrade Gutierrez – uma das controladoras da Oi até o ano passado – investiu 5 milhões de reais na Gamecorp.

    Em outubro de 2015, a Polícia Federal chegou a pedir a prisão temporária de Zunga, mas a medida cautelar foi negada pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato, em primeiro grau.

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    Tanto Zunga como os dois executivos da Oi sob investigação são contatos da Andrade Gutierrez com o governo federal no setor de telefonia e outras áreas. Os executivos são José Luiz Neffa Simão, que foi diretor de Relações Comerciais da Oi, e João de Deus Pinheiro Macedo, diretor de Planejamento do Oi, segundo a PF. Simão prestava serviços por meio de sua empresa e Macedo está aposentado.

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    Ambos surgiram nessa nova linha de investigação da Lava Jato após análise dos telefones apreendidos na casa de Otávio Marques Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez e responsável pelo setor de telefonia do grupo. Ele foi preso em 19 de junho de 2015, alvo da Operação Erga Omnes, e liberado para cumprir prisão domiciliar no início do mês, após fechar acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.

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    No telefone de Otávio Azevedo, um dos interlocutores é “José Luiz Simão”, provável José Luiz Neffa Simão, diretor de Relações Governamentais da Oi, informa a PF.

    Em uma das conversas eles citam “Vaccari”, possível menção ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso desde abril de 2015, em Curitiba, acusado de ser operador de propinas do partido no esquema de corrupção na Petrobrás.

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    Na representação em que pediu a prisão de Zunga, a PF escreveu que na conversa citada “há menção de que uma certa ‘remessa’ destinada a ‘Vacari’ (João Vaccari Neto) estaria sendo questionada e por conta disso não estaria ocorrendo um ‘repasse'”.

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    O outro executivo que aparece no relatório com conversas destacadas com Otávio Marques é o ex-diretor de Planejamento Executivo da Oi, João de Deus. Seu nome aparece no aparelho do presidente afastado da Andrade Gutierrez como “JDeus”, onde também estão registradas conversas.

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    Citados – A empresa Oi informou que não vai se pronunciar sobre o caso. José Luiz Simão e João de Deus Macedo não foram localizados para comentar o assunto. José Zunga Alves de Lima, procurado pela reportagem, não atendeu às ligações. O Instituto Lula tem reiterado, via assessoria de imprensa, que o ex-presidente não é dono do Sítio Santa Bárbara, mas confirma que o petista frequenta a propriedade rural.

    (Com Estadão Conteúdo)

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